Meu amigo Gonza perdeu o filho neste fim de semana, depois de vê-lo lutar contra o câncer durante quase um ano.
O rapaz tinha pouco mais de 22 anos.
Uma história tão triste quanto esta me faz pensar na sorte imensa que tenho de ainda estar aqui neste mundo, viva, com saúde e com tantas coisas maravilhosas, como um amor, uma casa, alguns amigos de verdade e a esperança de poder desfrutar disso por muitos anos, de poder seguir descobrindo as maravilhas da vida.
Mas quantas vezes me deixo levar pela estupidez e sou dominada pela irritação, pela raiva, pelo desânimo! Quanto tempo já joguei fora discutindo com as pessoas que mais amo e me afastando delas! Quantas oportunidades de ser feliz tirei de mim mesma! E por quê?
Por me afastar da consciência de que o tempo passa, de que tudo passa, e que a hora de ser feliz e aproveitar as dádivas da vida... é agora.
Posso chegar aos 90 anos; posso morrer em um segundo.
O que estou fazendo com a minha vida? Com o meu tempo? Com todas as oportunidades que a cada dia me vêm, inclusive de tentar ser uma pessoa melhor?
Temos a tendência a desprezar as dádivas mais valiosas: o poder de ver, de sentir cheiros, provar sabores, caminhar, falar, ouvir... como se tais capacidades fossem uma obrigação do nosso corpo. Não são.
É um erro crer que podemos viver adiando um elogio, uma declaração de amor, um pedido de desculpas, um beijo, um encontro, um perdão, um desejo, uma gentileza, uma ajuda, uma viagem de férias, uma visita a alguém...
A estrada à nossa frente nos leva onde nosso coração determina; a paisagem é um reflexo do que trazemos dentro de nós. Podemos seguir mirando o horizonte ou de olhos postos no chão, o que seria um total desperdício.
Conheço pessoas que estão passando pela vida valorizando, acima de tudo, o trabalho ou as aplicações financeiras. Outras que só vêem seus ressentimentos, e vivem uma vida de rancor ou de pena de si mesmas. Há também os que têm olhos somente para as próprias necessidades; e aqueles que acreditam que a vida seja só o prazer da juventude. E muitos que vivem toda uma existência alimentando medos e paranóias. Esquecem-se, todos eles, da passagem voraz do tempo.
Aproveitemos ao máximo a estrada à nossa frente, para que não sejamos surpreendidos, de repente, pelo aviso de que a viagem chegou ao fim.
Prezadíssima...desde ontem não tenho visto sua imagem bela e charmosa na capa do JB (nem a do Marcelo...dois dos melhores e meus preferidos colunistas ou blogueiros do jornal).Não sou precipitado e aproveito para indagar: é falha do jornal? O que houve, há, haverá? Se não fazem parte, por livre e espontânea vontade, meus parabéns...escolhas melhores sempre tonificam, fortalecem, dignificam e engrandecem.Mas se foi à revelia ou injustamente, minha indignação e protesto, desde já. Mais não digito pois ainda não sei da verdade factual e aguardo, se puder ou quiser, algo para que eu possa minimamente situar-me.Neste primeiro momento, estou um pouco atônito e chateado, pois já elogiei-a sincerae calorosamente (assim como o Migliacio) e não gostaria deste desfalque indesejável e inoportuno.Aproveito para reproduzir, ipsis litteris meu comentário a este post, que considero dos seus melhores, quando vc o fez em novembro de 2010 e o repete agora (merece ser repetido, mesmo!!!).Abraço forte, boas energias, saúde, sorte, paz, axé e luzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
ResponderExcluirSeu franco admirador e torcedor pelas suas melhores e reconfortantes raalizações, sempre!!!
Marcos Lúcio Pinto enviou em 22/11/2010 as 22:29:
Senti-me presenteado por este texto lúcido e realista, supondo que entenda, se é que entendo... destas questões existenciais. O melhor é que pratico e estou sempre atento, no aqui e agora e, no meu caso, com a ajuda do TODOPODEROSO, tem dado certo, embora seia imporssível a perfeição, sou demasiado humano, por supuesto...Sugiro que mais ou muitas pessoas coloquem suas sábias e, porque não? pragmáticas palavras nas prédicas e práticas cotidianas, até porque, não sei se é possível ser (mais) feliz de outra forma. Nota 10 pelas equilibradas ou ponderadas sugestões.
oi Fernanda,
ResponderExcluirGosto muito do "Alma Lavada".Também sou mineira,adoro café,vi várias vezes"Quando Nietzche chorou",a intensidade do Elvis me comove...e amo olhar uma noite cheia de estrelas...claro,com a alma lavada...Leio sempre o seu blog.Continue! Ruth
Fernanda: Naum some naum! Blog é como uma plantinha exigente. Precisa ser muito cuidada. Veja o Blog do Mario Moscatelli - Boca do Mangue. Ele precisa de você e de todos nós que compartilhamos a vida. Não precisa publicar meu recado. Abraço fraterno, Alfredo.
ResponderExcluirAlfredo!!!! É bom demais ter você sempre por aqui! Abraços!
ResponderExcluir