sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Constituição


De tudo há em mim

De paz e sensatez

De bruma e lodo.

Por vezes um deserto

É toda a imagem que se faz,

E passo os dias a migrar sob o calor das horas.

Noutros tempos sou inverno,

E deixo-me gear.

Então desperto

Pois minha alma tem verões também na algibeira;

Mas pobre é, falível, rude;

Semeia dor sob as palavras

Como esporas!


(Fernanda Dannemann)



Um comentário:

  1. Que alma rica e caleidoscópica (como sói acontecer com pessoas de mais sensibilidade e inteligência, of course!) e que belo cometimento...onde destaco esta beleza: "Pois minha alma tem verões também na algibeira".
    Santé e axé!

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