Acontece com você? De repente, nada a declarar. O dia nasce e morre, o relógio anda, a vida segue... quatro semanas voam até que fecha o mês e tenho outra vez que pagar a analista... e no entanto... nada.
As horas ficam para trás como corrente paisagem do outro lado da janela, borrão de tinta, porque meu carro imaginário também voa, e voa alto.
Será a idade? Melancolia ou sossego, sei lá, quem sabe? Ou o silêncio, meu inquilino há meses, e que com cisma de ficar, planta sementes, finca raízes, quase faz flores no olhar que é todo cores?
Não sei, não sei. Queria te dizer tanta beleza, queria escrever, rimar, falar alguma coisa que valesse o simples ato de falar... e é só silêncio.
Não queira mal a este locutor, que sem palavras te busca o ouvido imaginário da alma leve. A minha alma é que descansa, neste silêncio espesso, sem fundo ou borda para uma fuga ágil.
Este silêncio é tanto, que há de ser breve.
Uáu! Lindo. Sem palavras...
ResponderExcluirUm belo e poético texto que pode ser, simplesmente, uma pausa ou uma alegria silenciosa da "feliz mulherzinha das antigas".
ResponderExcluirSanté e axé
Marcos Lúcio
Fernanda,
ResponderExcluirMuitas vezes precisamos do silencio, e ele e muito bom, assim como o contacto com a natureza. Tudo isso faz parte da transformacao ........ e ela requer tempo e paciencia.
Beijos
Felicidades,
Gilda Bose
Esquecendo o "politicamente correto", as vezes da um BRANCO...
ResponderExcluirUm "branco total radiante..." kkkkkkk
ExcluirDias atrás, li na biografia de Mahatma Gandhi um tópico que afirma um detalhe interessante: durante um dia da semana, ele se recolhia e ficava por 24 horas tendo como companheiro apenas o silêncio. Naquele dia, nada, nem ninguém, ouviria uma sílaba pronunciada por ele.
ResponderExcluirRecentemente, vivenciei esta prática e senti-me como se tivesse feito uma faxina interior. O silêncio nos envolve e é preciso silenciar para ouvir, silenciar para recuperar a saúde física e mental - O mundo anda doente. ab y