Meu marido sempre diz que deve ser muito chato ser mulher, porque as demandas são muitas. Eu, particularmente, sou muito feliz com o gênero que Deus me deu, mas concordo que as demandas são exageradas mesmo. No fundo, acho que tudo se resume a ser uma boa administradora para que as coisas funcionem bem no trabalho, em casa, no corpo e na cabeça... e principalmente no coração.
Vejo por aí que em seu afã de independência, muitas mulheres se descuidam do amor. Deixam para depois, escolhem excessivamente o parceiro ou exigem demais dele; não se dedicam o bastante ao relacionamento ou simplesmente optam pela vida sem grandes sentimentos ou sobressaltos, preferindo a superficialidade dos namorinhos ocasionais para garantir sua liberdade (a tão duras penas conquistada, afinal!).
Mas fico pensando... quem foi que disse que o coração aprisiona? Por que ver no homem a figura de um carcereiro? O amor liberta! Não tenho vergonha de dizer que o amor tem lugar de honra na minha lista de prioridades, ainda que algumas amigas riam de mim e me considerem "mulherzinha das antigas", coisa menor...
Não tenho pudores em assumir que um relacionamento feliz é tão importante e necessário, para mim, quanto a consciência tranquila, a saúde e a independência financeira. E percebo que, no esgar do seu deboche, algumas mulheres concordam comigo, mas padecem da obrigação de bancar as autossuficientes.
Meu recado vai para elas: dêem-se uma chance. Uma pequena oportunidade, que seja, para que o amor seja um prato a mais, entre tantos, que vocês equilibram com cuidado em suas varinhas. Porque não há nada melhor no mundo do que desfrutar de um amor verdadeiro, daqueles que nos abrem para a vida e nos libertam de preconceitos herdados, que carregamos, a duríssimas penas, sem nem saber o porquê.
Muito bem dito.
ResponderExcluirParabéns e saiba que seu caso - o encontro do amor verdadeiro - é exceção.Aproveite e deleite-se então, pois se fez merecedora.
ResponderExcluirNa realidade, o amor verdadeiro é um conceito variável, cambiante, que está embutido dentro de nós, e se manifesta de acordo com nossa personalidade. Para cada um existe uma definição.Cada um entende amor e verdade de um jeito emocional seu (nem sempre de acordo com o academicismo)..
Podemos passar pela história da humanidade em busca do verdadeiro significado e teremos exemplos de amor verdadeiro e "verdadeiro" em toda a trajetória do homem pelo planeta.
Mas nos tempos atuais podemos também analisar o que nos diz o filósofo francês Alain Badiou, que também é novelista e dramaturgo e cujo tema principal num livro é o amor verdadeiro. Claro que sua prática filosófica é outra, é um combatente feroz das democracias liberais e luta pelos direitos humanos, mas também é humano e como tal, também ama.
Para ele, dentro de nossa sociedade, o amor verdadeiro tem de ser mais do que uma busca de prazer egoísta e narcisista, características que o consumismo fez com que adotássemos. Segundo diz, o amor precisa ser reinventado, buscando maneiras de um atender ao outro, sem cobranças, sem ciúmes, etc., para que seja um amor verdadeiro.
Chegamos então ao ponto crucial da questão do amor verdadeiro: para se viver um é preciso entender o outro, é preciso ocupar o mesmo espaço, é preciso saber se retrair quando necessário, é aceitar os defeitos (não de caráter) do outro e saber entender o que o outro busca.
Coisas do amor verdadeiro, longe de ser a única verdade e nas quais acredito:
O AMOR NÃO TE FAZ DE VÍTIMA. O AMOR NÃO LEVA AS COISAS PARA O PESSOAL.3. O AMOR INCLUI DEIXAR IR.ELE NÃO É IGUAL À POSSE. JÁ DIZ O DITADO: "SE VOCÊ AMA ALGO, LIBERTE-O. SE ELE VOLTAR, ELE É SEU. SE ISSO NÃO ACONTECER, ENTÃO ELE NUNCA FOI."ELE PERMITE QUE AS PESSOAS TENHAM SUA LIBERDADE. O VERDADEIRO AMOR NÃO QUER POSSUIR. VOCÊ PODE AMAR ALGUÉM DEMAIS, MAS PODE NÃO SER COMPATÍVEL COM ELE.. O AMOR NÃO TEM ESPAÇO PARA CIÚME
Como a posse, o ciúme não é igual a amor. O amor verdadeiro tem confiança na qualidade do relacionamento. Ele sabe que a outra pessoa está feliz e contente.
O amor não precisa, apenas quer.E somente se justifica se for aprazível, apesar das inevitáveis e demasiado humanas imperfeições.
Santé e axé!
Perfeito!
ResponderExcluirCê é mulherinha?
ResponderExcluirZé Fofinho de Ogum
Penso que a origem da mulher submissa, da mulher oculta por gelosias em nome dos bons costumes acabou por construir essa mulher mais adiante do que o necessário e daí, esta mulher com uma independência tão grande que no fim das contas fica impossível dividir com algum homem, um amor normal. Repare que o mais importante não foi pensado porque uma casa de hoje, continua tendo pia de cozinha, vassoura, baldes, fogão, sabão, etc. Se as tarefas domésticas fossem transferidas para o homem, todas estas coisa seriam substituídas por meios automáticos de realização. Homens sempre mudam as coisas a seu favor. Exemplo: Para lavar o carro inventaram o lava jato. Comida de homem é marmitex. Mulher olha para isto com culpa enquanto homem lava banheiro com bomba de alta pressão e vai por ai.
ResponderExcluirPôxa! Pensei que meu comentário fosse gerar.
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