Eu nem sou chegada a futebol, pra falar a verdade... e por aqui simpatizo com o Racing, equivalente ao nosso Amééééééérica aí no Rio, coitadinho!
Mas que a torcida do Boca é uma força da natureza... isso é! E hoje. dia 12 de dezembro, o dia "oficial" do time, virei uma esquina e dei de cara com este povo todo, que mal aparece na foto porque não sou fotógrafa profissional.
Nem preciso dizer que entrei na dança, né?
Mais tarde a festa descambou para vandalismo e confronto de alguns torcedores com a polícia, mas eu já estava longe... lembrei dos black blocs, só que aqui o principal incentivo ao rebu não foi político, e sim alocoólico, porque já à tarde, o vinho e a cerveja estavam rolando soltos na Avenida Nove de Julho.
Voltando à vaca-fria, depois de lavar a alma gritando "Dále, dále Boca" junto com a torcida, fiquei tão fraca que precisei recarregar as baterias. Nada melhor que um autêntico ojo de bife. Olha o bichão aí na chapa!
Quer o endereço do restaurante? Eu dou, mas "guenta aí! Depois a gente fala de comida. Por enquanto, digo que passado o susto inicial, concluímos que o turismo por aqui ainda é uma boa pedida para nós, brasileiros. A inflação está terrivel é para os argentinos. Pra nós, continua mais barato vir pra cá do que viajar para o Nordeste, ou mesmo curtir as férias no Rio, a capital mundial dos preços exorbitantes.
Veja você que um lauto almoço para dois, em restaurante de alto nível, custa aqui menos de cem reais, muitíssimo abaixo do que para sai para os cariocas da zona Sul ou da Barra da Tijuca. Um dos símbolos do consumismo da classe média, a camiseta Lacoste, que no Rio vale quase 300 reais, em Buenos Aires nos custa em torno de 150.
Outras coisas estão pau a pau: o cafezinho, por exemplo, em média 4 reais; a garrafa de água, em torno de 3 reais. Mas a tabela dos táxis portenhos está bem mais barata que a do Rio, que dirá da de São Paulo ou da de Brasília!
E o teatro? O ingresso para um bom musical, daqueles que são raros no Brasil, sai aqui pela bagatela de 50 reais na bilheteria, mas pode sair pela metade com descontos em lojas credenciadas.
E aquelas coisas que as mulheres adoram e que no Brasil são "incompráveis", tipo maquiagens, perfumes e cremes franceses? Basta dizer que um rímel da Lancôme, que no Brasil custa mais ou menos 150 reais, nas lojas de Buenos Aires estão à venda por 65.
Depois de dois dias, concluímos que o choque inicial deveu-se não só à diferença dos preços atuais para os de dois anos e meio atrás. Hoje, em um "quiosco", onde se pode comprar água mineral, o vendedor me disse que o preço da garrafa de meio litro, que agora é vendida por 9 pesos, custava a metade disso há menos de seis meses...
Mas o grande lance foi que, no aeroporto, o cãmbio não nos foi favorável, muito pelo contrário. Então, a boa dica é: troque seu dinheiro nas muitas casas de câmbio espalhadas pela cidade. No mais, a capital argentina continua valendo o investimento de grana e de tempo. Buenos Aires (não é o Rio, mas...) continua linda! E por falar nisso, "alô, alô, Realengo, aquele abraaaaaço!".
Em 40 anos acompanhando futebol nos estádios, a torcida do Boca foi a única que eu vi levar caixas de som para a arquibancada. Ah, meu time é River Plate.
ResponderExcluirNão tô dizendo que este povo é doido??
ExcluirEntonces...minhas pesquisas estavam corretas, nos comentários que fiz anteriormente. CARPE DIEM!!!
ResponderExcluirNão é à toa que você é o pitaqueiro-mor e colaborador oficial do blog, meu caro...
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