terça-feira, 13 de maio de 2014

O vexame do Complexo de Inferioridade

Em menos de uma semana fui testemunha, ao lado de outras pessoas,  de um show de estupidez de dois cidadãos sabidamente inteligentes e capazes, o que comprova minha tese de que estupidez nada tem a ver com inteligência ou capacidade: um indivíduo pode ser inteligente e altamente capaz, mas apesar disso... estúpido na mesma proporção.

Em ambas as situações, no miolo da questão estava o velho e triste Complexo de Inferioridade, aquele que quando grita na alma faz o complexado dar vexame nas horas mais impensáveis, seja o aniversário da sogra com quem não se tem intimidade ou mesmo uma reunião de trabalho com desconhecidos.
 É... é dura a vida dos complexados...
Ao observar o andamento dos fatos, me dei conta de que o curioso é o modo como a vítima do complexo de inferioridade se defende: ela parte para o ataque no momento em que se sente ofendida, mesmo que esta ofensa seja imaginária. (E note bem que é o que acontece na grande maioria das vezes).

Depois vem o pior, o ridículo da situação, que é a tentativa de fazer-se superior ao anular aquele que o incomoda, e que, intimamente, é transformado em oponente. O complexado, na crença doentia de que necessita defender-se de um golpe cego,  age como se o outro fosse invisível ou se sua fala não tivesse valor. Tenta calá-lo, esvaziá-lo de significado, constrangê-lo, submetê-lo ao seu jogo de poder. Com certeza é um sofrimento para ele, o complexado... mas para quem vê tudo de fora, é feio demais, pra não dizer patético.
Trata-se de uma atitude covarde não só por significar a tentativa de invalidar o outro perante si e o grupo (se houver um) mas também covarde porque é desta maneira que o complexado evita o que mais teme: conviver, expor-se, mostrar-se, ser avaliado, ser (ou não) aceito.

E o mais irônico de toda esta cena dantesca é que de nada adianta buscar a conciliação, pois estes sofredores roem-se tanto por sua suposta pequenez e ofendem-se com uma facilidade tão extrema, que até o convite à paz os avilta.

Se, como diz a sabedoria popular, “para o bom entendedor, um pingo é letra”, digo que, para um complexado, um sorriso é agressão.

2 comentários:

  1. Para abrir os trabalhos rs...considero 3 citações pertinentes:“Não há necessidade de consultar um psicólogo para saber que quando você denigre o outro é porque você mesmo não consegue crescer e precisa que o outro seja rebaixado para você se sentir alguém.” Papa Francisco

    O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros, para se sentirem fortes...
    Ghandi

    Se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas
    Chico Xavier

    A física quântica já há quase um século vem afirmando: tudo no universo é relação, entrelaçamento de todos com todos, constituindo uma rede intrincadíssima de conexões que formam o único e mesmo universo.Ato contínuo, podemos concluir ,peremptoriamente: "adultos" que reagem , como no seu ótimo post, desta forma tão patológica, tão inadequada, como fóbicos sociais, segundo a análise transacional, estão utilizando uma gravação anterior, compulsiva, feita nos primeiros anos de vida.

    Este tipo de analista transacional sabe que em qualquer dificuldade, em qualquer decisão, há 3 estados definidos e reconhecíveis: O Pai que é a coleção de informações, regras e leis, recolhidas pelo cérebro nos primeiros anos de vida; a Criança, que são os registros internos, sensações, emoções, subjetividade, instinto puro; e o Adulto que é a coleção de dados que se organizam em conceitos diferentes daqueles ensinados pelo Pai ou sentidos pela Criança. Na verdade, os raros Adultos atualizam ou desconstroem ou erros/preconceitos do Pai. A infelicidade das pessoas se deve a um desequilíbrio entre estes três estados mentais.

    A terapêutica ajuda a pessoa considerada "adulta" a reconhecer em si, quem está atuando mal nas situações de conflito:sempre a Criança estacionada, que não cresceu emocionalmente, pois não sabia, naqueles primeiros anos, das "armas" adequadas de luta social e não evoluiu...ou o Pai equivocado/preconceituoso uma vez que ingenuamente é pensado como "infalível".

    Estas pessoas melindráveis, complexadas...estes "adultos" com emocional infantilizado, sempre são desagradáveis, desagregadoras e insuportáveis, além de injustas, pois utilizam até canhão para matar formigas rs. Afastei-me de uma suposta "miga"rs, justamente por isto...pelos dois vexames públicos que ela ridiculamente protagonizou .E nem era comigo, pois dizem que sou um conciliador , pacificador ou contemporizador nato. Mas não iria esperar pelo terceiro, né?.Quem puder evitar estes tipos bizarros, estará fazendo o melhor para si.
    Santé e axé!
    Marcos Lúcio

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  2. Creio na reencarnação e na companhia compulsória - irmãos / pais / tios / vizinhos / amigos / dono do armazém da esquina... etc. Tudo, no meu entendimento faz parte de um grande folhetim onde chacoalham as miudezas dessa vida muitas vezes pequena mesmo, sem valor, Narcisoide que não perdoa nem mesmo atores da Globo... naturalmente.

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