Jura de amor também me serve,
Mesmo que quando, à meia-noite,
Ela se vá ao chão e ali se quebre
Por ser de encanto só, sua raiz.
Uma mentira, diz, e eu acredito!
Deixa que o espaço em si conserve
A onda eterna do sentido;
A mim já basta, ter no ouvido,
O teu dizer de amor romano.
E diz um nome a ser pronunciado
Secretamente, em lugar do teu;
Eu ouço, eu digo e avanço o passo
E na esfera desse teu abraço
Estou no Coliseu.
(Fernanda Dannemann)
Perfeita! Soh faltou o nome do sortudo...
ResponderExcluirMais um belo cometimento da talentosa blogueira. Não sei por qual (is) motivo (s), remeteu-me, imediata e espontaneamtnemente, a este poema do Djavan, mas sem comparações ou preferências, evidentemente. Santé e axé!
ResponderExcluirMarcos Lúcio
Faltando um Pedaço
Djavan
O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha
O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho
O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
No coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços
Belíssima!
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