terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A dor da crítica

Dificil é ouvir uma crítica, o resto é mole pra “nóis”, como dizem os aficcionionados do Facebook, o Fantástico Mundo dos Puxa-sacos, onde tudo é elogio e seda rasgada, e talvez por isso mesmo o sucesso seja tanto.

Uma boa verdade, na forma de crítica construtiva, já quase não encontra lugar na vida de hoje; o povo prefere cortar relações, sair no tapa, virar a cara, jogar a amizade no lixo. É que para ouvir uma crítica, o sujeito carece ser forte por dentro, ter músculos no pensar e na autoestima, ser movido pelo anseio verdadeiro de evoluir. Caso contrário se ofende, exige desculpas e condolências.

As críticas bem-intencionadas não foram feitas para os fracos, nem para os arrogantes, que no fim das contas estão todos no mesmo barco.

Crítica doentia, maldosa, cheia de esgar e inveja... isso aí é artigo para incineração e não merece uma gota de preocupação de quem quer que seja. Mas não é disso que falamos no presente momento, e sim do famoso "toque" que só os corajosos têm ousadia de dar... mas que necessita coragem também para ser ouvido, aceito, assimilado e digerido, como se fosse um remédio ministrado por quem ama. E só quem ama o faz. O que em geral há faltado, é amor na hora de receber. Explica-se: o caminho do ódio é mais fácil, e da infelicidade também.

Mas o sincero, aquele cara que tem a coragem de levantar o dedo e gritar para todos que sim, o rei está pelado... este aí deveria ser ouvido com mais cautela por Sua Majestade, o que não erra, o que não paga mico, o que está acima do bem e do mal. Porque o único ganho que o sincero tem, é justamente ver o rei vestido. Mesmo correndo o risco de ser incompreendido pela multidão... e pelo próprio rei. Aliás, coitadinho do rei!

4 comentários:

  1. Mais uma bela e irretocável produção da blogueira, a segunda para abrir os trabalhos de 2015.Até onde sei (quase nadica de nada), evitar críticas é muito simples: não faça nada, não diga nada, não seja nada.

    O termo crítica provém do grego kritikē , que significa (a arte de) "discernir", "separar", "julgar". É um ato do espírito que preserva o que merece ser afirmado e põe em dúvida a pretensão daquilo que pode ir além do seu domínio de aplicação e, portanto, não merece ser afirmado.Pertencendo à ordem de um ato de espírito que duvida antes de afirmar, a crítica pertence, então, à ordem da liberdade de espírito, ainda bem.

    Não não se pode , nem se deve falar bem de tudo e de todos, pois a imperfeição é uma característica de todos os humanos encarnados. De algumas coisas se fala mal, de outras se fala bem.

    .Abomino o senso comum e adoro o senso crítico.Aprecio as críticas, tanto negativas quanto positivas, afinal, "Se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas.A crítica dos outros só poderá trazer-lhe prejuízo, se você consentir", segundo o iluminado Chico Xavier.

    Costumo, como eterno duvidador, primeiramente analisar o crítico, seja ele quem for. Interessam-se somente elogios de quem considero elogiável, pois sei, convictamente, que a voz do povo , não é a voz de Deus. Os infelizes (sempre) maledicentes, caluniadores, difamadores, mal resolvidos sexualmente, fofoqueiros e que tais, ignoro-os solenemente e não permito que transfiram suas fragilidades e fracassos para mim, em hipótese alguma.

    Consegui, à custa de muita luta, experiência, anos de vida, leitura, etc., ficar imune até às ofensas e insultos. Estes são e pertencem, exclusivamente, aos frustrados ofensores. Não os aceito e nem me afetam, em hipótese alguma , pois não há, em minha conduta nada de ofensável ou insultável, sem falsa modéstia.Sou ético, altruísta e solidário e não vejo vantagem alguma nisto. Deveria ser obrigação de qualquer ser humano com criticidade ou bom senso, afinal, vivemos fazendo parte de um todo e estamos conectados com tudo e todos, queiramos ou não...e na nossa casa comum, a mãe terra.

    Como sou humano, nunca é demasiado recordar que possuo, também, qualidades e defeitos, como todos, porém, dou especial atenção às deficiências, tentando e conseguindo muitas vezes não repetir erros (adoro cometer novos, pois são a chance de novo aprendizado), e buscando evoluir, sempre que possível, sabedor de que os cães sarnentos, mesmo latindo ferozmente, não impedem que a caravana do discernimento passe ou prossiga. Ainda acredito que "ad maiora natus sum" (nascemos para as coisas do alto).
    Santé e axé!

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  2. Fernanda,

    Muito bom seu post ... adorei a foto ...... e conheco a historia ......

    Como bem disse nosso querido president da C.P.A.F.S.S., Marcos Lucio em seu comentario, quando usou as palavras do queridissimo Chico Xavier " nao consentir todas as criticas e acrescentando nem os elogios .... pois e sempre bom saber, por parte de quem elas vem ......

    Felicidades,

    Gilda Bose

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  3. Fico grato em saber que não perdi minha única, generosa e querida leitora neste novo ano.Que seja , então, o melhor ano da sua vida, Gilda.
    Abraço forte

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  4. Marcos Lucio,

    Que o ano de 2015 seja Fantastico para voce tambem.

    Abraco forte para voce tambem.

    Gilda Bose

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