Enquanto o vaporetto singra pelas águas azuis (do verão) rumo a Murano, a gente vê que o mar, nas imediações de Veneza, foi transformado em autopista, todo demarcado por estacas de madeira que delimitam as diferentes pistas por onde circulam lanchas de todos os tamanhos.
Quando nos aproximamos da famosa Murano, o que vemos primeiro é esta imagem, onde está o ponto inicial do vaporetto na ilha:
Mas a dica é descer no ponto do Farol, onde está o buxixo (e de onde tornaremos a pegar o vaporetto para seguir para Burano):
Confesso que eu esperava algo bem diferente do que encontrei. Por tudo o que já havia visto sobre Murano em documentários de TV, imaginava um local cheio de artistas e ateliês, onde a gente pudesse ver, in loco, o trabalho do famoso vidro que dá nome à ilha, e adquirir uma bela peça para decorar a casa e lembrar da viagem.
Uma ilha que tivesse bons restaurantes, pra gente comer uma legítima refeição italiana, com um vinho bom e barato, e um queijo que derretesse na boca...
Mas infelizmente não é nada disso. Murano é uma ilhota cheia de lojinhas para turistas, com artigos caros e, na minha opinião, bregas. Não há restaurantes nem cafés na cidade. Enfim... um passeio frustrante, que faz a gente lamentar ter deixado Veneza para trás. Tem, é claro, seus encantos, e um povo simpático, mas isso é o mínimo, não é mesmo?
E então seguimos para Burano, que é, sem dúvida, mais encantadora e mais bem cuidada que a irmã mais famosa devido ao vidro que a nomeia. Aqui, pode-se comprar peças de renda confeccionadas por senhoras que costuram nas próprias lojinhas, máscaras de todos os tipos, e também incontáveis artigos de murano (de decoração ou bijuterias muito finas). Os preços variam, mas em geral é tudo muito caro. Você está em Burano, meu bem, os artigos vêm com selo garantindo sua origem. Vai querer pechinchar? Lamento... não vai rolar...
Claro que vale a pena ir a Murano e Burano uma vez na vida, para conhecer. Mas ao menos em mim, ficou aquele lamento íntimo de ter deixado Veneza para trás. Coisa que, te garanto... não farei nunca mais...
Concordo ampla, geral i irrestritamente. Mesmo porque os documentários podem causar falsas impressões, com suas sempre tendenciosas e/ou mercantis edições. Neutralidade, esqueça...só em sabonetes rs. Não as visitei, porque tive a sorte em saber destas ciladas rs, anteriormente, pelo amigo que mora na Sereníssima, onde hospedei-me em sua residência. Estou adorrando a viagem virtual que você, generosamente, possibilita...trazendo-me deliciosas recordações.Desfrite!!!
ResponderExcluirSanté e axé
Corrija...pardon: e irrestritamente...desfrute e outros erros de digitação, se houver. Merci.
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