terça-feira, 19 de julho de 2016

Veneza outra vez

 
 
Eu poderia  começar este post dizendo que Veneza é uma beleza... mas como tenho imaginação, vou dizer apenas que estar no mundo maravilhoso dos canais é como penetrar em um cenário de Game of Thrones, saca? É como se, a qualquer momento, Jon Snow fosse aparecer do nada, com seu exército, dobrando uma ruela, ou a gente fosse se deparar com um dragão da Daenerys voando pelo céu. É isso! Veneza é simplesmente mágica.

Não à toa, caio no choro várias vezes andando pela cidade. Que é boa de ser visitada no verão, mas quando o calor ainda está ameno, de preferência, e as águas estão azuis. Nada de casaco, só um chapéu na cabeça para se proteger do sol que brilha no céu até às dez da noite, e a cidade fervilha de gente de todas as idades e do mundo inteiro. Uma alegria só!




Na cidade tão cheia de detalhes, o melhor programa sem dúvida é caminhar, e caminhar muito. Perder-se pela cidade, de preferência com um mapa de papel, porque o Google Map por ali tem hora que fica meio doido e deixa a gente na mão. Tive a experiência de me perder à noite e confesso que, por viver no Rio de Janeiro, fiquei com medo de ser assaltada ou esfaqueada em alguma viela. Perder-se em Veneza, na escuridão da noite, é literalmente estar em um labirinto.Tétrico. Mas à luz do dia, é uma delícia! Maravilha olhar o povo, os canais, as lojas, os restaurantes...




Uma boa dica para se movimentar pela cidade é ter em mente a Praça San Marco como ponto central, e saber que Rialto fica para um lado e Academia para o lado oposto.


E olhar tudo, porque cada prédio é cheio de minúcias que são verdadeiro deleite para os olhos. Pra você ter uma ideia, eu tinha certeza que os dois aí abaixo, de tão imóveis, eram uma escultura, até que um deles voou, e eu levei um susto...


Olha as campainhas! Não são um luxo?


Passear de gôngola? Acho meio brega. Além de caríssimo. Prefiro olhar o povo, (e em geral quem opta pelo passeio de gôndola são os orientais, que aliás sobram por lá, carregando sacolas de grife, dando suas voltas pelos canais da cidade). E é curioso ver o engarrafamento nas águas, e os estacionamentos. E por falar nisso, Veneza é muito fácil de se locomover. Desta vez tivemos mais tempo para compreender que o vaporetto atua como metrô, e vale demais a pena, para quem quer conhecer bem a cidade, comprar o bilhete para vários dias e circular de uma área para outra através dele. É barato e menos cansativo.



Olha a polícia aê, genteeeeee... (não, não era um policial de verdade, mas um ator que trabalhava em uma filmagem. E igualzinho aqui no Brasil, juntou caipira pra ficar olhando, inclusive eu. A princípio achei que era de verdade, até que o homem empunhou uma lata de cerveja. Mas o fato é que a polícia lá trabalha assim, a bordo de uma lancha. Chique, hein?).


Pode-se comer bem na cidade sem gastar demais, há restaurantes para todos os bolsos, e o velho macarrão impera. Sem falar que é a cidade de Vivaldi, e a gente desfruta de consertos maravilhosos do compositor, em igrejas transformadas em museus ou teatros. Vale demais a pena!

 
 
Mas se há um programa simplesmente imperdível em Veneza, é conhecer a casa de Peggy Guggenheim, transformada em museu, e que tornou-se o meu preferido, entre todos os que conheci até o momento. Imperdível! Mas isso é papo para o próximo post!
 

6 comentários:

  1. Que maravilha estar em um dos cenários mais fascinantes , inesquecíveis , diferenciais , artísticos e únicos do planeta. Adoro este destino europeu. A casa de Peggy Guggenheim, transformada em museu, de fato, é minha preferida, também. No entanto, os palácios mais bonitos de Veneza têm suas fachadas voltadas para o Canal Grande. Você vai conseguir vê-los somente se pegar o vaporetto. É uma viagem no tempo, onde a gente suspira com tanta beleza. Os detalhes, as fachadas, os estilos, os lustres e adornos dos palácios. É realmente imperdível. Aconselho pegar o vaporetto linha 1 na estação de trem ou no Piazzale Roma, até a Praça São Marcos. Ou fazer o percurso ao contrário. Se conseguir ir à noite, melhor ainda. Passear na Zattere para ver o pôr-do-sol é obrigatório.
    Esta grande “avenida”, uma das poucas da cidade, é cenário perfeito para ver o pôr-do-sol. Do outro lado está a Giudecca, a belíssima igreja do Redentor, o Mulino Stucky e uma paisagem fenomenal. A Zattere fica em Dorsoduro. Fazer um "pit stop" nas osterias venezianas que são verdadeiras instituições, é de lei. Lugar ideal para comer um tira-gosto, chamados “cicchetti”, acompanhados de um cálice de vinho. Mais veneziano impossível. A cidade está repleta de boas osterias.Os cafés históricos da Praça São Marcos são um charme. Do lado de dentro, a decoração das salas é suntuosa- parece um mergulho no passado. Vale a pena entrar, nem que seja para conhecer. Do lado de fora, a emoção de sentar à mesa e escutar uma orquestra tocando diante aquele cenário de filme. É mesmo incrível. O preço é realmente alto, mas a experiência pode valer a pena. Considero fundamental ver a singular e artística cidade do alto. A vista panorâmica mais linda de Veneza é a do Campanário de San Giorgio...não perca, na pequena Ilha de São Jorge, ou Isola di San Giorgio.Atravessar a lagoa e conhecer San Giorgio é um programa imperdível. Sem dúvidas, é o melhor lugar para admirar São Marcos, o mais importante cartão postal de Veneza. A Ilha de San Giorgio fica a apenas uma parada de vaporetto de São Marcos, o percurso dura menos de 5 minutos.Um verdadeiro espetáculo a vista do campanário…é sem dúvidas o melhor panorama de Veneza. Vale a pena visitar um atelê de máscaras como o BlueMoon, na Giudecca. Das melhores lembranças que guardo, perder-me várias vezes e propositadamente, foi um grande achado, afinal, não é um grande sacrifício se perder em um labirinto de tantas belezas, vero?
    Deleite-se com este imperdível paraíso de alimentos para olhos e almas mais sensíveis, digamos assim. Obrigado pela carona virtual rs...e por (re)viver dias tão especias na Bella Itália.,
    Santé e axé!

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    1. Seja sempre mui bem-vindo, meu pitaqueiro queridíssimo, e seus tão incríveis pitacos, com a certeza de que nos reencontraremos em breve! Saudades muitas! Mil beijos!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Fiquei tão empolgado com esta viagem que até esqueci de sugerir o Campo Santa Margherita, como a praça mais animada da cidade. Enfim, sugiro, de novo: perca-se. Quem não se perde em Veneza acaba perdendo Veneza. Como adoro um boteco...Bácaro é o botequim veneziano. Vende “ombra” (vinho em copo), “cicchetti” (canapés tipo tapas) e spritz (que em Veneza é preparado Aperol ou Campari -- você decide -- e leva azeitona ). Aparece nos caminhos mais obscuros.Se der, não deixe de visitar , no Lido, um de seus lendários hotéis, o luxuoso Hotel des Bains, onde Visconti rodou o celebérrimo filme Morte em Veneza.

    Das cidades deste mundo para serem visitadas, quer por questões históricas, quer por questões arquitetônicas, quer por questões culturais, ou de sensibilidade e bom gosto...a cidade que, sozinha, reúne todos esses atributos, é Veneza, La Serenissima, como a chamam os italianos. Veneza é um dos 1000 lugares que você tem de conhecer antes de morrer, e é, sem dúvida e incomparavelmente, um dos lugares mais interessantes da Terra. Aproveite ao máximo.Tenho dito.
    Santé e axé!

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  4. Fernanda,felizmente terminou minha infrutífera busca, quase diária, ao teu site.Bem vinda e não nos deixe nos próximos seis meses, pelo menos...

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    1. Paulo, meu querido e fiel amigo e leitor! Você não tem ideia de como suas palavras me comoveram e alegraram! Aqui estou! De volta, depois de um breve sumiço por conta dos afazeres da formatura que se aproxima... te contei não? Em breve me tornarei psicóloga!

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