As moças deixam os casacões negros no armário e
botam as perninhas de fora, com saias e shorts que a cada ano vêm ficando cada
vez mais curtos...
A cidade fica toda colorida...
Os bares lotados...
O calor por aqui é de matar, e como não há praia, a
gente tem mesmo que apelar para os heróis da temporada: Gota Máxima e
Cucurucho:
Ou para a bebida gelada de café, verdadeira
sobremesa, o Frapuccino (eu prefiro o velho e bom cafezinho):
Os piadistas gostam de dizer que os argentinos
pensam que são ingleses, mas o fato é que Buenos Aires embarcou na ideia alemã
de espalhar bancos de diferentes tipos pela cidade, então o pedestre nunca se
cansa de andar por aí, porque tem sempre onde se sentar...
Outra coisa que me surpreendeu nesta estação é que
eles aderiram à ciclovia!
E há por aqui bicicletas muuuuuito estilosas...
Por falar em estilo, as lojas da cidade estão cada
vez mais lindas, e redecorar a casa é sempre uma tentação... pena que não cabe
muita coisa na mala! Com a moeda argentina baixa e inflacionada, é uma oportunidade
para quem pode trocar dólares ou reais em uma casa de câmbio confiável, pois o
dólar no paralelo vale 30% a mais que no câmbio oficial. Os argentinos, que
antes se ofendiam com um pedido de pechincha, agora aceitam baixar até 30% do
preço marcado em vitrine no caso de pagamento à vista. Assim, não vale a pena
pagar nada com cartão de crédito, nem mesmo diária de hotel.
Passeando por Palermo e Recoleta, a Ipanema portenha, a gente se pergunta onde é que está a tal da crise argentina. O povo continua lindo, leve e solto... todo mundo com sacolas de boutiques caras na mão... tomando Quilmes com os amigos e batendo aqueeeeele papo legal! Os restaurantes continuam cheios e animados, os carrões desfilam pelas ruas arborizadas e os jardins seguem gramados e floridos...
Aí a gente vai ao outro lado da cidade dar uma volta
na tradicional Calle Florida, algo como o Saara carioca, mas melhor, e reduto
dos turistas (que creem estar no lugar ideal para as compras) e dos comerciantes
de bugingangas. Ali há de tudo um pouco: de Zara a lojas de 1,99... e a música
de fundo é algo como:
“Fabrica de cuero!”, “Cambio! Casa de Cambio!”, “Show
de tango!”, “Paseos Turísticos!” etc...
Em termos de propaganda no ouvido do turista, pior
que a Calle Florida só mesmo um lugar em Pernambuco chamado Porto de Galinhas,
onde estive uma vez e mal consegui caminhar por conta do enxame de ambulantes.
Mas em Buenos Aires lembrei da piada que diz que o
país está em “recessão” quando SEU VIZINHO perde o emprego, e está em “crise”
quando VOCÊ perde o emprego. Pois bem: em Palermo e Recoleta parece que o país
está em recessão, e não em crise. Os sinais de crise que vi por aqui foram os
mendigos pelas ruas do Centro e da Avenida Santa Fé, a alta do dólar paralelo e
o sumiço de várias lojas que existiam até ano passado. Três fortes indícios,
ainda que a cidade esteja com cafés e restaurantes cheios, que haja turistas
por todo lado e as lojas e feiras da cidade continuem vendendo.
Agora vou fazer como eles e tomar uma Quilmes, porque o calor tá "daqueles"! Amanhã
tem mais. Buenas!
Se a filha pródiga à "casa" retorna, então...CARPE DIEM!!!
ResponderExcluirHá muitos anos visitei esta linda cidade, de nítidas influências européias e cosmopolita- distinguida e de vanguarda- que vai deitar tarde, a do maior conjunto de museus da América Latina, uma das capitais mundiais do teatro (a mais importante da América Latina), referência indiscutível do (novo) melhor desenho e amante da boa gastronomia de excelência, é também uma autêntica cidade friendly. Foi a primeira cidade da América Latina que legalizou, no ano 2003 as uniões entre pessoas do mesmo sexo. De carácter tolerante, com ampla oferta cultural e artística (feiras de desenho, exposições de arte, teatro dos mais variados gêneros e concertos de artistas internacionais),, hotéis fascinantes, arquitetura de preciosismo, com uma intensa e variada vida noturna. O cinema argentino de alto nível, também alcançou estatura internacional, assim como os vinhos famososMas a alma da cidade é o tango - expressão musical e uma dança sensual-, uma forma de vida. Declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 2009 o tango é a marca registrada no Rio da Prata. .Terra de autoresde estatura internacional como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Ernesto Sábato, Manuel Puig e Osvaldo Soriano., a Buenos Aires literária é também um paraíso para os leitores. No centro da cidade existem livrarias- de todo tipo e com muito bons catálogos- abertas até altas horas da noite.
A população argentina apresenta um dos melhores indicadores sociais da America Latina, fato que resulta em uma boa qualidade de vida a seus habitantes.
Uma das mais belas construções é praticamente desconhecida dos turista: Palácio de Àguas Corrientes, naturalmente um Monumento Histórico Nacional. Uma dica:O Rio da Prata tem uma costa incrível, onde os portenhos adoram passar os fins de semana. Chegam para o almoço, pedem drinks e aproveitam o dia até o sol se pôr. Um desses lugares é o restaurante La Ventola. Fui em um domingo e me caiu o queixo quando vi aquela paisagem incrível, com mesas espalhadas pelo gramado — nenhuma muito próxima da outra. O cardápio vai de carne da parrilla até uma caçarola de frutos do mar. Carta de vinhos, sobremesa e aquela sensação de que a vida não precisa ser muito melhor do que aquele momento.
Santé e axé!
Vem pra cá!!!!!!
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