domingo, 15 de dezembro de 2013

Palermo Soho é imperdível aos sábados

Como todo Soho que se preza, Palermo Soho é um deleite para os olhos, uma delícia para quem aprecia o belo e um perigo para o bolso. Assim como em Nova Iorque e Londres, aqui em Buenos Aires "Soho" é sinônimo de bom-gosto. Saca só este muro:


Aos sábados, a festa porteña rola pelas adjacências da Plaza Serrano, onde acontece uma feirinha de artesanato que eu não acho lá grandes coisas...


O quente mesmo é passear pelas cercanias, começando pela Calle Honduras e perdendo-se entre suas transversais, todas tão bonitas que a gente não sabe pra onde olhar ou por onde ir: barata tonta total!!!



As vitrines são um deleite para quem curte bisbilhotar lojinhas. E ali há lojinhas de tudo, inclusive daqueles supérfluos que a gente não resiste. Hoje comprei um marcador de livros de plástico, em forma de uma mãozinha cor-de-abóbora!




O passeio exige calma e tempo para que você possa entrar nas lojas que vendem de quase tudo e se surpreender. Em uma delas, de biquínis, acabei descobrindo um caminhozinho lá no fundo...


... que leva a um café delicioso, olha:


Mas vou te contar... os biquínis eram de matar... de feios! Saca só a foto gigante em uma das paredes:


"Mirá" a loja de vinhos, cópia fiel das casas típicas do bairro do Boca, onde os italianos se fixaram no início do século passado:


As bandas musicais batem ponto pelas esquinas. Nem todas são boas, é bem verdade, mas esta daí arrebentou tocando jazz de autoria própria.


Comprei o disco e aproveitei pra dar uma paquerada no saxofonista, um gato que fez pose de cafajeste na hora da foto:


E depois se fez de sério; olha que coooooooisa:


À noitinha as lojas começam a fechar as portas, infelizmente, mas os muitos restaurantes da área estão ali para um almoço tardio. Este daí é o "La hormiga", uma boa opção para um macarrão, ó:

 
  

Mas alternativa de restaurantes é o que não falta...
 
 
 
 
E eis que chegou a Buenos Aires o melhor lanche orgânico de Paris!!! Ebaaaaaa!!!
 
 
 Fiquei doida e mesmo sem a menor fome entrei para comer o ma-ra-vi-lho-so waffle que é pura manteiga com açúcar. Aqui ele vem com frutas tropicais, como kiwi e mamão.
 
 
Mas ai de mim... o waffle argentino tem é que "comer muita parrilla" para chegar aos pés do francês, do inglês ou do americano... o bicho parecia uma sola de sapato (do mais puro couro argentino), e fiquei foi muito "pê" da vida pela tremenda decepção.
 
Mas tudo bem. Arranjei um jeito de me sentir vingada: em vez de escrever uma mensagem natalina, conforme pedido dos funcionários, para deixar presa num varal bem em cima da mesa coletiva, no centro do salão, escrevi um aviso aos futuros clientes: 
 
 


5 comentários:

  1. Mauro Pires de Amorim.
    Quando estive em Buenos Aires em 2009, estive em Palermo Soho, na mesma Plaza Serrano, que na verdade, segundo me disseram é um nome antigo, por conta da Calle Serrano, a principal via que verte nessa praça, sendo seu nome na verdade, Plazoleta Julio Cortaza.
    Me lembro que jantei num restaurante de influência da culinária alemã ou holandesa e de entrada, comi o chorizo niegro ou chorizo de sangre e depois uma boa parrilla argentina. Me sentei ao ar livre, debaixo de um guarda sol, que embora fosse a noite, servia para dar um ar mais intimista a mesa. Esse restaurante ao qual não lembro o nome, tinha uma praça de mesas ao ar livre relativamente grande.
    Fui me encontrar com uma amiga professora da UBA (Universidade de Buenos Aires), que morava na Calle El Salvador, a alguns passos da Plaza Serrano.
    Essas suas postagens sobre Buenos Aires me deram vontade de voltar lá, afinal para nós brasileiros, fazer de vez em quando um gasto como esse, penso eu que vale a pena. Ao menos, vale mais a conta do que viajar para a Europa com o câmbio do Euro e durante minha estada em Buenos Aires, sempre encontrei pessoas simpáticas e gentis. É verdade que falo um pouco de espanhol, mas mesmo os Portenhos e Portenhas percebendo que eu era estrangeiro, sempre foram simpáticos e atenciosos. Portanto, Buenos Aires tem um saldo positivo em minha conta.
    Felicidades e boas energias.

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  2. Mauro Pires de Amorim.
    Ah, enviei meu comentário anterior e coisa de quem está ficando velhote e esclerosado aos 48 anos, esqueci de mencionar que na Recoleta, numa grande praça em frente ao cemitério, tem um feirinha também, ao menos em 2009 havia.
    Mais uma vez, sinceros desejos de felicidades e boas energias.



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  3. Noves fora a feirinha e o waffle que ignorou a qualidade francesa ou não honrou o nome: LE PAIN QUOTIDIEN...as fotos evidenciam um charme e uma civilidade bastante incomuns por estas bandas de cá...cheias de carioquices, sujeiras, mendigos, menores abandonados e crackeiros, flanelinhas, camelôs e outras tranqueiras.

    Pelas fotos ótimas, B.A. ainda conserva um certo ar europeu, de bom gosto, né não?Mal comparando, a estética HERMANA/portenha é tangueira, tipo: "NÓS SOMOS". Aqui, na cidade partida...Rio 40 graus purgatório da beleza e do caos, a estética é meio funkeira(cruzes!), tipo: "É NOIS". Só rezando muiiiiiiiiito para Nossa Senhora do Perpétuo e Sagrado Socorro de Jesus, Maria e José de Nazaré... que nosotros adictos do "minerês" dizemos , "comendo" quase todas a letras da santa e resumidamente: NÓ!!!
    Santé e axé!

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  4. Fernanda,

    Estou adorando a sua viagem pela Buenos Aires querida......e estou adorando e anotando todas as suas dicas .... faz anos que nao vou para la ......

    Felicidades, e continue aproveitando a viagem ..... a vida e bela......

    Gilda Bose

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  5. Buenos Aires até que é legalzinha, o que mata é a poluição do ar pela quantidade de carros antigos circulando. Além disso, tem muito argentino junto…

    Infante Viajante

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