sábado, 26 de novembro de 2011

Vai procurar a sua tribo!

Ganhei umas linhas lá no Barão Sacoheiro, o blog do Alfredo (clique para ver em Interpretação: China ou Blog? ).

E ninguém imagina a surpresa que foi, quando por lá cheguei e, no meio da leitura, vi que a "Fernanda" era eu. Um susto, um presente, uma alegria... e não precisei ir à China, como o Alfredo, para pensar nos mistérios da amizade, que são muitos, e insondáveis.

Há anos venho matutando: o que é que acontece que a gente conhece uma pessoa desde que nasce, vive perto dela a vida inteira e a amizade não frutifica? Às vezes, nem o laço de sangue, inquebrável, é forte o bastante para dar conta deste recado, e o amor incondicional entre pais e filhos, ou entre irmãos, ou entre o que quer que seja, não se transforma, nunquinha da Silva, no querer-bem espontâneo e simples da amizade. Vá entender isso!

Misteriosamente, este tal "querer" entra no nosso coração quando a gente menos espera: é só encontrar alguém da nossa tribo, alguém que tenha, nas veias do espírito, o mesmo e primordial sangue que nos constituiu. São os irmãos de alma, aquelas pessoas que nos conquistam imediatamente porque falam a nossa língua e entendem os nossos silêncios. Eles sabem, telepaticamente, parece, o que vai na nossa cabeça e no nosso coração, e nos respeitam amorosamente porque nos conhecem muito bem, mesmo que a gente nunca tenha se visto, nem feito confissões, nem contado a ladainha da nossa vida. Eles nos conhecem porque sempre estiveram por perto, sei lá como, sei lá de que maneira, só sei que, quando finalmente aparecem, em carne e osso, o tempo desaparece, perde totalmente seu valor. É que o tempo e as convenções sociais não são nada diante do que é verdadeiro e simples.

já tive a sorte de reencontrar vários irmãos da minha tribo original, e não me calei diante deles: tratei logo de dizer que os reconhecia, e de agradecer pelo reecontro que o Universo havia preparado. Incrivelmente, todos eles tiveram, em momentos cruciais da minha vida, um valor inestimável e funções muito bem desempenhadas de apoio e solidariedade. Sem eles, meu caminho teria sido de muitos espinhos.

E fico pensando, volta e meia, em todos aqueles que ainda hei de reencontrar por esta vida e pelas outras que virão. É uma saudade singular esta que sinto, de gente que eu ainda não "(re)conheci". E uma gratidão imensa aos que já chegaram, reconheceram e foram reconhecidos... porque vêm caminhando lado a lado comigo, através de um tempo tão longo, mas tão longo, que nem mesmo nós somos capazes de imaginar.

8 comentários:

  1. Mauro Pires de Amorim.
    Não sou religioso, mas respeito as religiões escolhidas e praticadas pelos outros, inclusive, não me incomoda minimamente participar de cerimônias religiosas conjuntamente ou em homenagem aqueles(as) que me são próximos(as) e queridos(as).
    Intimamente não estou preocupado se Deus realmente existe, se há vida após a morte, re-encarnação, julgamento divino, céu e inferno.
    Acredito que a alma e o espírito, tão propagados até mesmo com um certo ar de mistério na maioria das religiões, nada mais é do que o caráter. Portanto, boa alma, bom espírito, bom caráter; má alma, mau espírito, mau caráter. Dessa forma identifico e me identifico com as pessoas. Essa é minha crença.
    Não sinto necessidade de um espaço físico específico e apropriado para exercita-la, muito menos de datas apropriadas para tanto. Acredito que todo lugar, bem como qualquer situação e momento da vida quotidiana são apropriados. Também não há mestres nem seguidores, numa sequência hierarquica de poder e comando para se ter contato com o divino. Não há ritualistica específica nem liturgia apropriada para isso, que também não sejam as situações e momentos da vida quotidiana, por mais simples e comuns que sejam.
    Minha crença e identificação é baseada na vida, sendo esse meu sacerdócio, exerça a profissão ou ocupação que a pessoa exercer. Acredito na dignidade, na ética e no bom caratismo.
    No entanto, não sou de ficar patrulhando ou julgando as atitudes dos outros, pois isso seria o mesmo do que querer ser mestre, líder e angariar seguidores. Deixo que cada um(a) desenvolva sua consciência e percepção de acordo com seu tempo e momento. Sendo essa uma das principais questões que tenho percebido nas pessoas, pois muitas vezes os tempos e momentos entram em descompasso, ocorrendo as separações, afastamentos e consequentes sofrimentos.
    Mas tudo bem, também não sou de ficar perseguindo, implorando. Resigno-me com a liberdade de escolha do(a) outro(a), ainda que sinta falta e sofra. Curo minhas prórias feridas. Acredito que assim, cresço mais forte, enquanto renovo-me para continuar firme na minha crença e propósitos, até o dia em que, inevitavelmente, tal qual uma lâmpada acesa que se queima, eu deixar de existir.
    Felicidades e boas energias.

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  2. Mauro Pires de Amorim.
    Como você sabe, tenho problemas de esclerose(risos), além disso, sou ruim de teclado ou datilografia, uma vez que meus dedos não conseguem acompanhar minha velocidade de raciocínio.
    Portanto, por via das dúvidas e como não me lembro. Sabe com são os esclerosados! (mais risos) É possível que minha última frase tenha ficado sem nexo, na parte que digo: tal qual uma lâmpada acesa que queima, eu deixe de existir.
    Felicidades e boas energias.

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  3. Mauro Pires de Amorim.
    Não quero me gabar, muito menos me lamuriar, afinal, essa é a vida que optei ter e enquanto tiver saúde e energia, assim continuará sendo. Por vezes tenho atividades profissionais e pessoais diárias, que duram cerca de 18 horas, restando as outras 6 horas para meu sono, inclusive nos finais de semana, uma vez que procuro fazer meu melhor para atender os compromissos que assumí, tendo sido assim na semana passada.
    No entanto, nessa semana que terminou sábado, 26/11, já que domingo é o 1º dia da semana que se inicia, mas referindo-me especificamente à sexta-feira, 25/11. Estando menos ocupado com meus compromissos profissionais, pessoais e consequentemente com mais tempo disponível, fui convidado por um amigo para tomar uns chopinhos no Bar Belmonte, que fica na esquina das Ruas Domingos Ferreira e Bolívar, perto de minha casa em Copacabana.
    Esse amigo, intencionava me apresentar uma amiga da namorada dele, objetivando, segundo percebí, que eu trvasse conhecimento com tal mulher e que dalí surgisse um relacionamento mais íntimo entre eu e ela.
    Até aí, tudo bem, pois como estou
    descomprometido amorosamente e sem qualquer tipo de pretenção ansiosa precipitada, aceitei travar conhecimento com tal mulher. Mesmo que de tal encontro não frutificasse um relacionamento, imaginei que seria um ambiente e conversa agradáveis.
    Às 20:00 hs em ponto, horário combinado para nos encontrarmos, eu que havia chegado cerca de 7 minutos antes, já havia sentado e garantido uma mesa com 4 lugares, por tratar-se de uma 6ª feira.
    O garçom ao ver-me sentado, dirigiu-se a mim e perguntou se eu desejava algo. Disse que sim, pedí um choop e o cardápio, afim de estudar as opções consumíveis da casa, enquanto aguardava a chegada do casal e da amiga deles.
    Pois bem, o tempo foi passando, eu já havia estudado todas as opções possíveis de consumo do cardápio e escolhido as que eventualmente eu preferia. Quando havia pedido o 5º choop, eis que finalmente, às 21:25 hs, eles chegam.
    Tudo bem, pensei, pois embora sentisse bem levemente os efeitos alcoólicos, não sou pessoa de ficar alterada em termos de personalidade, cognição e como estava a pé, sem problemas.
    A apresentação da amiga da namorada desse amigo meu foi feita, eles sentaram-se e pediram cada um, 1 choop. Eu continuei bebendo o meu 5º choop, que estava aproximadamente, um pouco acima da metade. Continuamos conversando, sempre o casal dando detalhes, ora sobre mim, ora sobre a amiga deles. Terminei meu choop antes deles, mas resolví aguardar que todos os copos estivessem vazios, afim de acompanha-los na rodada.
    Umas rodadas de choop a mais, pedimos uma porção de filé fatiado e acebolado. A conversa animada, o bar já estava cheio e barulhento pela hora avançada. Mais umas rodadas de choop a mais. A amiga da namorada do meu amigo era bonita e simpática.
    Porém, quando eram 1:22 hs, eu havia consumido 14 choops, com aquela barulheira de gente falando alto em volta. Nós mesmos tínhamos que falarmos em tom de voz mais alto para nos entendermos. Apesar de eu estar proporcionalmente entorpecido, minha personalidade e cognição, estava consciente e tranquila, no entanto, bateu-me um cansaço, uma vontade de ir embora, um sentimento de que aquilo alí não tinha nada a ver comigo. Foi quando então, anunciei que estava cansado e iria partir. Paguei meu consumo, despedi-me e retornei para casa para dormir, por volta das 2:00 hs.
    Acordei sábado, 26/11 às 11:00, me sentindo sugado, tanto física, como mentalmente, num rítimo bem lento, numa ressaca. Só fui melhorar e voltar ao normal lá pelas 16:00, especialmente porque não tenho o costume de consumir corriqueiramente álcool, principalmente nessa quantidade. Definitivamente, não encaro outro programa desse tão cedo. Não combina comigo.
    Metáfora da história: passarinho que anda com morcego, acorda de cabeça para baixo(risos).
    Felicidades e boas energias.

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  4. Mauro, esta do passarinho foi ótima! E desta vez eu é que vou concordar com você.

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  5. Fernanada,vc jura que vai se livrar de mim facilmente?... Pois se enganou,não pretendo largar do seu pé,e muito menos sumir deste terreiro gostoso! rs Bjs.

    Monica.

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  6. Ahá, dona Monica, acho mesmo muito bom, mas é que às vezes penso que você me abandona! (Mas lá no Rio Acima a senhora bate ponto todo santo dia, né?!) bjs!

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  7. Tendo QueriDannemann como cacique desta especial e sensível tribo: ALMA LAVADA, todo dia é dia de índio . Sinto-me confortável nesta saudável oca, e contente também por dançar na ocara, a alegre, afirmativa e exuberante celebração do Kuarup. Será que, até que enfim!... sem ser modernoso, fui lacônico?
    Energias benfazejas e abraço forte
    Marcos Lúciol.

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