-- Oi Fulaaaaaana !!!!!!!! Mas por onde é que você anda, mulher?! Sumiu da televisão e nunca mais te vi...
Era a primera vez, em anos, que eu reencontrava a atriz global que já entrevistei diversas vezes para as revistas femininas. Diante do meu comentário, dito em tom mais esfuziante do que deveria, ela estampou uma cara de susto.
-- Eu?! Sumida?! Mas estive agorinha mesmo em “Araguaia”!
Gelei. Que diacho de “Araguaia” era esse, que ela estava falando? Novela “das nove” ou da Record? Minissérie de sucesso na Globo? Não tive saída, a não ser admitir a situação:
-- Sabe o que é, Fulana? Eu não vejo mais TV aberta. Parei faz tempo...
E ela, com ares de deusa da mitologia grega, impassível, irônica e vingativa:
-- Aaahhh, então quem sumiu da televisão foi você, meu bem...
A conversa seguiu forçada depois de tudo isso, porque o leite já estava derramado e, a simpatia entre nós, para sempre comprometida. Tomara que eu nunca mais precise entrevistar esta mulher, porque se eu depender dela para pagar minhas contas, acho que estou ferrada.
Mas o que mais chamou minha atenção foi o tom de voz e a cara de incredulidade que ela fez quando contei que “sumi da TV”. Foi a mesma reação de espanto que os anônimos (digo, todos os que não são atores de novelas) têm diante desta minha decisão... como seu eu fosse verde, ostentasse duas antenas e tivesse nascido em Júpiter.
Dias depois, me senti um extraterrestre novamente, quando recusei o convite de uma amiga para um disputadíssimo evento de moda que vai rolar na cidade, durante três dias.
-- Não acredito que você não vai beijar meus pés por estes convites!!!
Se não beijei nem as bochechas, que dirá os pés...
Tenho amigos que me chamam de “velha” porque detesto balada, música alta nos ouvidos, conversar berrando e ficar com roupa empesteada de cigarro. E olha que já fui fumante, já curti a noite e tive ânimo pra ver o sol nascer na praia... mas acho que tudo isso foi em outra encarnação.
Nas viagens? Não conte comigo pra subir a Torre Eiffel, visitar a Estátua da Liberdade, passear por dentro do Coliseu. Detesto pontos turísticos. Já me chamaram de ignorante por minha falta de vontade de conhecer um campo de concentração alemão, mas prefiro a pecha de ignorante do que visitar o horror alheio. E na hora das compras, meu marido jamais ficará com medo que eu, que também acho cabelo liso uma falta de graça total, cometa o ato tresloucado de pagar sei lá quantos mil dólares por uma bolsa Louis Vuitton.
E tem mais: podem dizer que eu sou doida ou muito chata, mas tenho verdadeira ojeriza a perfume, pior ainda se for francês! Tem coisa mais cafona que alguém dizer que gosta de "ser reconhecida pelo cheiro"?! Pra mim, perfume e gambá são exatamente a mesma coisa...ainda mais neste calor que faz no Rio de Janeiro! Perfume, além de tudo, também é falta de educação: ninguém tem o direito de forçar os outros a sentirem o seu cheirinho enjoativo.
Talvez eu seja mesmo de Júpiter... mas pelo menos minhas antenas não foram feitas em série... nem os miolos que tenho dentro da cachola.
Eu falo, falo... mas também escorrego na breguice!
Fernanda,pelo menos duas coisas temos em comum,eu detesto música alta,e não uso perfume.
ResponderExcluirAgora uma coisa eu preciso saber,como é que vc conseguiu parar de fumar??? Bjs.
Monica.
Monica... eu decidi que não queria ficar doente, que não queria procurar a doença. Pra parar, antes de qualquer coisa acho que a gente tem que querer e estar decidido, porque é uma luta. Mas a acupuntura ajuda a combater a ansiedade, assim como a homeopatia; tomar um copo de água (em vez de comer um doce) quando dá a vontade também é ótimo. Em poucos dias você percebe que seu fôlego está melhor... depois vê que o paladar está mais apurado... e aí, de repente, você já pensa que não quer se "sujar" com mais um cigarro, como disse o Zé Ramalho. Mas consigo fumar um cigarro por mês, se quiser, sem recair no vício. Decida e conseguirá!!! Bjs!
ResponderExcluirOi Fernanda,
ResponderExcluirCampo de concentracao ..... nem pensar ...... nao sei se voce viu o filme "o leitor" que no final ele visita uma judia que estava ainda viva e que passou pelos horrores da 2 guerra, ela disse: quer aprender alguma coisa? Va a museus, va a biblioteca, mas nunca a campo de concentracao, pois voce nao ira aprender nada la ..... achei barbaro o que ela disse.
Quanto a perfume gosto ... e dos franceses ..... mas sao poucos.... tem que saber usar ....
Esqueci de comentar .... gostei da foto da pasta com abobrinha.
Felicidades,
Gilda Bose
Oi Gilda... vi o "O Leitor", sim, e adorei. Tenho até procurado o dvd pra comprar, mas não encontro. E se quiser a receita do macarrão, eu te passo, é muito fácil e fica ótimo! Bjs!
ResponderExcluirVocê não é de Júpiter, QueriDannemann,assim como eu que considerava-me habitante dos anéis de Saturno rsrs...somos apenas singulares, personalíssimos e não nos deixamos influenciar pela insanidade do ter de...nem nos automatizamos como a multidão massa de manobra. De mais a mais, a vida constitui-se única e exclusivamente de diferenças e diversidades. Vou repassa um texto que considero dos melhores sobre esta nobre questão, para sua avaliação.
ResponderExcluirA diferença pede licença
© Letícia Thompson
A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal...
E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes.
Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano. Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes?
Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?
A diferença pede licença sim!!!
Dá-me oportunidade!
Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo! Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto.
Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido pra mim, mas aquele onde sou capaz de chegar.
Se não plantamos sementes, jamais colheremos frutos!
Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. É a diversidade de flores que dá a beleza a um jardim.
Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras?
A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor.
Anormal não é quem foge dos padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu o verdadeiro significado da palavra amar.
Quando Jesus morreu de braços abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdôou o ladrão, lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição física ou mental.
A diferença pede licença!...
Abra-lhe o caminho e você vai ver onde ela é capaz de chegar!
Abraço forte e beijão
Marcos Lúcio
Fernanda, gosto demais de um perfume francês, mas tens razão, ninguém é obrigada a sentir o teu cheiro...temos que cuidar ao aplicá-lo pois são fortes.
ResponderExcluirBeijos no coração
Vou repassar...seria digitado, se pressa não houvesse kkkk queriDannemann.Beijão procê!
ResponderExcluirMarcos Lúcio
Oi Fernanda,
ResponderExcluirQue bom ....quando tiver um tempo, me passa a receita da pasta com abobrinha .....
Obrigada
Gilda Bose
Gilda... vou te passar, sim. Aguaaaaarde! EstiMarcos... dei gargalhadas de novo!!!
ResponderExcluir