quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Lá pelas cinco

O galo canta de contente?
É melancólico!

Abre o pulmão e berra, e eu tremo em casa.

Penso em cortar o galo, abrir sua garganta na bacia,
Tirar as penas, fazer a ceia e um cocar.

Ai que me dói este cantar!

E se não voa, pra que lhe serve a asa?

Ele me grita que já é fim de tarde

Meu peito vibra a arritmia

É solidão, me dobro em cólica.

Vou cozinhar.

(Fernanda Dannemann)



Um comentário:

  1. Como estou , literariamente, numa fase de relacionamento sério , profundo, respeitoso, e extremamente amoroso com o extraordinário Rubem Alves, aproveito para citá-lo, again:

    "Assim são as imagens poéticas:
    elas têm o poder
    de ir lá no fundo da alma,
    onde moram os esquecimentos.
    ...E quando um desses esquecimentos acorda,
    a gente sente um estremeção no corpo.
    Essa é a missão da poesia:
    recuperar os pedaços perdidos de nós."

    "Ama a simplicidade Ama a vida Ama a beleza Ama a Poesia Ama as coisas que dão alegria Ama a natureza e a reverência pela vida Ama os mistérios Ama Deus".
    Rubem Alves

    Santé e axé!

    Marcos Lúcio

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