terça-feira, 16 de agosto de 2016

Mozart, Klimt e cremeschnitte

Anota aí no seu caderninho: cremeschnitte.

Palavra importantíssima em alemão, que significa "mil-folhas", aquele doce maravilhoso que, em Viena, deve ser o equivalente ao nosso (hoje) internacional Biscoito Globo. Eu recalquei o medo de uma dor de barriga e comi vários cremeschnittes por dia, só pra compensar a saudade que eu ia sentir daquela massa super folhada, daquele creme impossível de definir e até do açúcar de confeiteiro, que era tão... fino na boca!


E agora que eu já comi... para onde vamos? Não importa, em Viena qualquer direção vale, porque tudo é bonito e tudo vale a pena.


Você vira uma esquina e sai em um lugar assim...





A estação de metrô Stephansplatz é o centrão, onde há uma peatonal que concentra as lojas e o point de compras da cidade. Ali perto fica a catedral e a casa do Mozart.


Uma movimentação danada, lugar bem turistão que eu, particularmente não gosto.

Mas quando você vai se aproximando da casa do Mozart, hoje transformada em museu, as ruas vão ficando mais vazias e estreitas.



Caminhando por ali, meu coração acelerou quando pensei na história daquelas ruas, por onde o gênio tantas vezes andou e, humano que foi, gente como a gente, transitava absorvido por suas questões terrenas: às vezes feliz e vaidoso, outras vezes bêbado, angustiado, preocupado com as dívidas... nunca estive tão perto de Mozart, o mito que habita nosso imaginário.

E eis que de repente estamos diante da casa do homem! A emoção pulou pela minha garganta na forma de um choro inesperado. Uma alegria tão viva por estar ali!


Na saída, a parada foi no restaurante da esquina, que serve iguarias inesquecíveis como uma couve-flor assada temperada apenas no sal marinho... ou o brócolis, que vem igual. Emoção dá fome, meu bem. Vamos comer...



E agora vamos de Klimt. E de beijo.

Se você quiser ver o famoso quadro "O beijo", já vou avisando: está exposto no Belvedere Museum, que conta com um jardim muito bonito que, por si só, já é um passeio.





Além de "O beijo", há ali outras obras do pintor, como "Judith e Holofernes", quadro simplesmente lindíssimo, e alguns retratos que mostram a evolução do estilo de Klimt no passar dos anos.  Pena que a gente não pode fotografar as obras... vigias com olhos de lince avisam que as fotos são permitidas apenas onde não há obras expostas, e sendo assim nem dá pra documentar o museu muito bem.

Minha sugestão é ir até o Belvedere de bonde. Há um ponto bem em frente.


Depois do passeio, o bom mesmo é parar para um lanche em qualquer uma das muitas confeitarias da cidade... ai, delícia! Deixa pra pensar em dieta quando voltar para o Brasil!


4 comentários:

  1. Continuo "adorrando" a minha viagem virtual. Viena é quase um sonho real, de tão linda, limpa, organizada, cultural, artística, enfim, imperdível. Se puder, visite: Palácio Hofburg; Hundertwasserhaus;Rathaus (sempre tem evento lá); Karlskirche; Parlamento;Burggarten;Naschmarkt (quase um quilômetro da rua fechada para venda de frutas, verduras e temperos do mundo inteiro, carnes, queijos, peixes e restaurantes!!!);. Stephansdom e mais inúmeras outras atrações espetaculares. Carpe Diem! Santé e axé!

    ResponderExcluir
  2. Gostei do bondinho, elétrico, deve ser mais econômico que o nosso VLT...

    ResponderExcluir
  3. Tudo vale a pena se Viena não é pequena

    ResponderExcluir
  4. O creme´, pelo que sei, é um creme chantilly feito - tipo na hora, com uma especialidade que nunca consegui comprar ou, conhecer alguém que fizesse igual. Só pude saborear isso em uma confeitaria suíça/alemã - em Copacabana (Rua Paula Freitas), tinha uma e eram 3 senhoras suíças - eu era criança, tô com 68, e, elas faziam esses mil folhas - coisa pra matar. Nunca me esqueci daqueles sabores - que engordam... viu!!!

    ResponderExcluir

Dicas para facilitar:
- Escreva seu nome e seu comentário;
- Selecione seu perfil:----> "anônimo";
- Clique em "Postar comentário";
Obrigada!!!!!