O que o Marcos Lucio comentou lá no
outro blog foi tão forte que reverberou aqui:
“ ´Não se interessar por nada´ como licença poética, descanso ou alívio, e para sentir-se 'livre', é, eventualmente, de suma importância. Dizem que até Deus descansou ao sétimo dia, rsrs.
Tenho como o melhor da vida, depois da santa saúde, a seminal liberdade.
Porém, 'o preço da liberdade é a eterna vigilância'.
Concordo com o Napoleão Bonaparte: 'A maior batalha que eu travo é contra mim mesmo'.
Ato contínuo, creio que, para a verdadeira liberdade, necessitamos nos voltar para nós mesmos, vigiando nossos pensamentos. Porque são eles que comandam nossas vidas e podem gerar sentimentos que funcionam tal qual prisão, como a raiva, o ciúme, o medo, a inveja, a tristeza, a angústia, e que podem nos levar a atitudes nocivas...ou de transferência e projeção, e saimos culpando tudo e todos por nossos desacertos.
Assim, se as coisas não estiverem indo bem, e nos sentirmos presos de alguma forma, paremos e observemos nossas atitudes, sentimentos e pensamentos. Quem quer ser realmente livre deve estar sempre vigilante, mas não somente atento a jornais, tv, enfim, ao resto do mundo, como muitos pensam. Quem quer gozar a verdadeira liberdade deve tomar cuidado com os próprios pensamentos. Esse é o preço. Há mentes livres na prisão e mentes presas nas praças e jardins.
Muitos tolos supõem que alienando-se politicamente estarão livres.
'Política não é partido (político). Partido é uma das formas de fazer política. Faz-se política na família, na igreja, no trabalho, na escola e também na gestão pública. Desse ponto de vista, é preciso se interessar por política para não cair numa postura individualista, tolamente exclusiva', pontua Mario Sergio Cortella.
Quem melhor esquadrinhou esta questão, na minha desimportante conceituação, foi Bertolt Brecht:
'O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, nem que o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o políticovigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais'.