segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Moda de verdade não muda a cada estação

Nos próximos dias, a turma dos antenados, dos moderninhos, dos estilosos, dos compradores compulsivos, dos apaixonados por moda e dos deslumbrados terão o que falar no Rio. É que começa, a partir de amanhã, a rodada anual do Fashion Rio, com as coleções outono/inverno, e as feiras Fashion Business e o Rio-à-Porter.

Confesso que também adoro uma roupa nova, uma bolsa nova, então... é a felicidade! Mas não caio na ladainha pregada pelos editoriais das revistas femininas, que se hoje dizem que a calça saruel é uma coisa muito brega, ano passado disseram exatamente o contrário, tornando o modelito peça obrigatória no armário das leitoras... que, agora, vão ter que jogar fora todos os saruéis pelos quais pagaram uma nota nas boutiques chiques da cidade.

Estão dizendo que laranja é a cor da estação. Eu é que não caio nessa: prefiro continuar com as cores mais sóbrias, clássicos eternos que vão bem em qualquer hora ou ocasião. Adoro olhar vitrines e revistas de moda, mas minha tendência é outra: tá todo mundo usando? Espero passar a febre. Vestidos e saias longas sempre estiveram no meu armário, e sempre estarão, mas dormem encostados esperando o modismo acabar. Assim como as oncinhas, que eu adoro, mas andam pintando demais por aí.

Não sou especializada no assunto, mas tenho cá minhas opiniões e realmente não acredito que a gente precise estar sempre renovando o guarda-roupa para ser elegante. Algumas amigas riem de mim quando deixo de comprar uma peça visivelmente pouco durável.

-- Mas Fernanda, esta blusa é pra você usar nesta estação! Depois, joga fora!

Talvez seja porque venho de família grande, onde as roupas eram passadas do mais velho para o mais novo... e cresci acreditando que as coisas devem ser duráveis, caso contrário não valem o investimento. De qualquer forma, volto a dizer que os clássicos é que estão com tudo. Neste fim de semana, fui ver uma exposição sobre a Índia, no Centro Cultural Banco do Brasil, e me deparei com o vestuário feminino. Meu queixo caiu diante da beleza de uma moda que não muda a cada estação, e que, atemporal, enfeita a mulher sem fazer dela uma escrava das tendências.

















7 comentários:

  1. Mauro Pires de Amorim.
    A moda é a perda da individualidade. E isso ocorre diariamente em nossas vidas a partir do momento em que nos submetemos às regras sociais de acordo com o ambiente e conveniência dos momentos sociais vividos, inclusive no vestuário, mas também em posturas e comportamentos.
    Mas realmente, preocupar-se com moda para um momento de lazer, é exagero em demasia. Geralmente coisa de gente vazia, que analisa a sí, aos outros e mundo em geral, somente superficialmente, baseando-se em rótulos pré-formulados, estamparias. Coisa de gente que não tem o costume de pensar por sí próprio, necessitando sempre, de que um outro cérebro mestre, lhe mostre o caminho.
    Não estou pregando posturas e atitudes de pseudos rebeldes e revolucionários sem causa, que na verdade, para esculhambar, acham normal, aparecer na casa dos outros depois de uma praia, sem camisa, de sunga e ainda por cima com os pés cheios de areia, pura e simplesmente, por considerarem "normal". Na verdade, esses são tão alienados quanto os extremamente preocupados em estarem na moda para tudo, só que são radicais do outro extremo.
    Não sou dono da verdade, mas em meu parco pensamento, penso que o equilíbrio é o melhor termo. Portanto, nada de radicalismos, extremismos. Mais importante do que analisar superficialmente, esteriotipadamente as situações e relações sociais, é internalizar, se conscientizando da ocasião social específica
    e juntamente com as posturas comportamentais, compor a vestimenta adequada, que deve também, nesse conceito de adequação, ser confortável ao usuário.
    Felicidades e boas energias.

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  2. Fernanda,eu as vezes até uso uma saia longa,um vestidinho longo,mas o que gosto mesmo,(apesar de não puder usar em todo momento)é uma calça jeans e camiseta.
    Eu não sigo a ditadura da moda,até porque se torna um desperdício de dinheiro... Bjs.

    Monica.

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  3. Tudo bem, mas não esqueça daquela sua calça amarelo ovo e do seu casaco rosa shocking da adolescência. Eu vi as fotos... bjs

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  4. Marcelo... é que eu, de vez em quando, adoro cometer uma loucura!

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  5. A simples preocupação de usar o que "todo" mundo está usando ou o que está na moda (que rapidamente estará fora dela), demonstra, evidentemente, além de insegurança, uma personalidade fragilíssima. Os de priscas eras kkk chamávamos de "maria-vai-com-as-outras". Também pode ser, esta mania de seguir modismos, um atalho para "sanar" carências. Tenho quase aversão e sou avesso, desde sempre, a vendedores que dizem: isto está na moda, ou isto todo mundo está usando. Imediatamente pergunto: o que está encalhado? O que menos agradou o povo? Assim que apresentam as "ostras" que não fizeram sucesso, sorrio para elas e delas retiro as mais interessantes pérolas, sempre com uma pegada mais clássica e artística (o pop, o descartável, o cool, graças a Deus, não têm a ver comigo, ainda bem!!!e nada contra quem goste). Não estou sugerindo que sou melhor ou pior, somente que sou singular e diferente, também neste quesito (ainda bem, again!).

    Não sei como seu queixo caiu somente quando chegou no setor de vestuário _com razão e as fotos estão lindas_ desta deslumbrante exposição que, por vários motivos, tornou-se a que mais satisfez-me plenamente, naquele endereço, e fez meu queixo cair logo nas primeiras salas. Imperdível é pouco!. Sou "rato" do CCBB que talvez seja o local culturalmetne mais importante de visitação desta cidade.

    Nada como possuir, queriDannemann, na minha modesta avaliação, um "porta-palavras-jóias", ou um elegante arquivo, se preferir. Retirei dele estas preciosidades sobre o que considero, entendo e sinto como elegancia (absolutamente ligado ao clássico, sem exceções, please!). Destaco a frase do YSL, o rei da "haute couture" que elegeu o azul marinho como a mais chique das cores (moi aussi).
    Beijão procê!
    Marcos Lúcio

    “Sem elegância no coração, não há elegância.” (Yves Saint-Laurent)

    “Elegância é a arte de não fazer nada igual aos demais, parecendo que se faz tudo da mesma maneira que eles.” (Honoré de Balzac)

    “Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir.” (Paul Valéry)

    “A elegância é um dom pessoal, como o talento, é a única forma de beleza permitida ao homem e a maior.” (José María Vargas Vila)

    “O incapaz se cobre; o rico se enfeita; o presunçoso se disfarça; o elegante se veste.” (Honoré de Balzac)

    “Você não pode ser uma pessoa elegante e ao mesmo tempo repressora.” (Logan Pearsall Smith)

    “Um efeito essencial da elegância é ocultar seus meios.” (Honoré de Balzac)

    “Elegância é bom gosto mais uma pitada de ousadia.” (Carmel Snow)

    “Elegância tem a ver com atitudes, com o modo de se relacionar com o outro. É ser atento ao outro.” (Marieta Severo)

    “Há pessoas elegantes e pessoas enfeitadas.” (Machado de Assis)

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  6. Não me contive e busquei mais estas pérolas no meu "porta-palavras-jóis", e que suponho bem pertinentes, ou não? Compartilho e relembro: viva a abundêcia _se o que abunda, mais um texto, no caso, não prejudica__e abaixo a escassez! rsrs....
    Outro beijão
    Marcos Lúcio

    10 MOTIVOS PARA SER ELEGANTE
    Ricardo Oliveros


    Antes de fazer 40 anos, me pediram para escrever um texto sobre a elegância. Pensei muito na diferença entre ser chic e elegante. Ser chic tem a ver com a técnica e existem até manuais para isso. Dá para aprender a sentar, comer com n talheres, se vestir corretamente, entre outras coisas que o mundo considera enquanto tal. Elegância é um estado de espírito que se conquista, dia-a-dia. Tem a ver com pequenos gestos cotidianos. No final, acabei escrevendo um texto a la auto-ajuda, porque no fim de tudo, nada mais elegante do que ser bem-humorado, não incomodar e não se levar a sério demais!

    1. A elegância é um ESTADO DE ESPÍRITO. Quando se fala em elegância a última coisa que importa é a roupa. Ela nos acompanha do momento em que acordamos ao fechar dos olhos na noite. Vai muito além de saber usar talheres e do sorriso certo em festas. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete.
    2. São as três frases fundamentais na boca elegante: “POR FAVOR”, “MUITO OBRIGADO” e “SINTO MUITO”. É tão simples e tão óbvio que esquecemos delas a todo instante. Independe de hierarquias, posição social ou religiosa. Se você as usa somente com algumas pessoas, com certeza, a elegância passou longe. Se deixou de usar com as pessoas mais próximas e íntimas, naquela base “Ah! É minha amiga”, são estas, acima de tudo, que merecem todas as gentilezas do mundo.
    3. Ser elegante é ter a capacidade de PERCEBER O INVISÍVEL nas pessoas, cidades, no mundo. Aguçar a capacidade de enxergar o que não é revelado a primeira vista, manter o espírito curioso, desenvolver a sensibilidade, faz parte do mundo elegante.
    4. Ser elegante é deixar o CORAÇÃO a mostra. Não importa o que os outros digam, não importa de que lado você esteja, não importa quem você é. O amor muda as pessoas, cura as mágoas, seca cicatrizes e faz a gente sorrir.
    5. Ser elegante é saber COMPARTILHAR. Nada adianta acumular conhecimentos, coisas materiais, amizades, se temos um quê de egoísta. Muitas vezes menos é mais, dividir é somar. A matemática da vida é menos precisa, mas viver é preciso.
    6. Elegância é saber DEIXAR AS MÁSCARAS caírem para revelarem nosso verdadeiro eu, sem que isso nos deixem frágeis ou vulneráveis. Num mundo de aparências, a verdade é sempre bem-vinda.
    7. Ser elegante é ter a capacidade de se REINVENTAR todos os dias.Todos nós somos frutos de uma soma infinita de informações, relações, afetos e desafetos. Não significa que temos de reservar somente os bons momentos na memória, com o risco de cometer os mesmos erros, mas de fato lembrar [sempre] que somos uma possibilidade sensível de melhorar o mundo em que vivemos.
    8. Elegância tem a ver com SABER ENFIAR O PÉ NA JACA E ENFRENTAR O DIA SEGUINTE. Mas temos a obrigação de SABER QUE HORA PARAR! Antes do vexame, antes da queda,da perda de memória, antes da culpa!
    9. A capacidade de RIR DE SI MESMO é de fato, muito elegante. Quem se leva a sério demais, corre o risco de virar um chato. Somos todos ridículos alguma vez na vida, temos gostos cafonas espalhados aqui e acolá, então relaxe e aproveite mais você mesmo e a vida.
    10. SER ELEGANTE não tem nada a verr com frescura. Pedir licença para nosso lado brucutu; é descobrir que NUM MUNDO CADA VEZ MAIS VIOLENTO, A ARTE DE CONVIVER É CADA VEZ MAIS URGENTE E NECESSÁRIA.

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  7. Fernanda,

    Um dia eu escutei uma senhora comentando: "quando gosto de uma coisa , me pergunto: isso ira me durar 20 anos, se a resposta for sim, eu compro", eu concordo.
    Como voce pode ver nao sigo a moda..... prefiro ser aquela que nao chama a atencao .... nem in, nem out. preferindo sim, a qualidade do que a quantidade.
    Porem, gosto de saber das tendencias .... e ai descidir se vou seguir alguma ou nao.

    Felicidades,

    Gilda Bose

    Felicidades

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