E o vidro de perfume da L´Occitane? No Brasil, ele custa mais caro que os vendidos lá, mas é bem menorzinho...
Gostaria de saber por que é que aqui no Brasil, onde os preços das coisas são tão altos, ou até mesmo mais altos que os europeus, se comparados aos americanos, o consumidor leva a pior. Se você perguntar à Danone por que é que o iogurte dela lá fora é MUITO mais gostoso e vem num potão com quase 500 gramas, ela vai dizer, via assessoria de imprensa, que fez uma pesquisa entre os consumidores brasileiros e concluiu que eles gostam mais do potinho que vem com o iogurte menos saboroso.
Dá uma olhada:
E os carros? Nem todos os motoristas brasileiros sonham em ter um 4X4. Muitos prefeririam um compacto como este abaixo, que circula até nas ciclovias de Amsterdam, e não custa caro como o "Mini" brasileiro, acessível apenas às classes mais abastadas.
Este italiano é mais estiloso:
E olha que nem estou sonhando com os elétricos!
Ou com os mini-ônibus ou mini-caminhões, que ajudariam a diminuir os engarrafamentos...
E o sorvete, que não escorre?
E a torneira da pia, que é aquela alavanca ali embaixo, a ser acionada com o pé?
E o banco ergonômico, que é super confortável e faz a coluna ficar encaixadinha?
A azeitona italiana é o Incrível Hulk, a nossa é o David Banner...
Nós também queremos estradas que mais parecem tapetes...
e fatias de pizza enooooormes...
E chocolates quentes que a gente jamais esquece... e que valem o que custam...
E sinais de trânsito que apitem, de modo que os deficientes visuais consigam atravessar a rua sem precisar da ajuda de ninguém. Este aí abaixo está apitando...
E a bengala que vira cadeirinha? (Perdoe a qualidade da foto, foi o melhor que consegui sem que a modelo percebesse que estava sendo fotografada)...
Lá, o restaurante oferece gratuitamente uma garrafa de água ao cliente, além de uma cesta de pães. A gente só paga a água se ela for mineral. Esta pequena diferença me leva a crer que o consumidor brasileiro leva a pior por razões enraizadas em sua própria cultura.
E tem mais: os 10% não vêm já incluídos no valor total da nota. De pensar que aqui no Rio muitos estabelecimentos já vêm cobrando 12% e 13%, além de incluir até doações para ONGs, enquanto a clientela aceita porque tem vergonha de reclamar... só me resta mesmo é lamentar, pois ainda temos muito o que aprender com o Velho Mundo.
Fernanda,
ResponderExcluirAdorei as fotos, com as explicacoes e as comparacoes, que ao meu ver sao verdadeiras.
Veja bem, nao sou tao velha, mas tenho boa memoria, no Brasil ja tivemos carros pequenos semelhantes ao carro amarelo (se nao me engano se chamava romizeta) tinha uma roda na frente e duas atras, e se nao me engano uma porta so .... mas o consumidor da epoca nao gostou. Nao lembro qual a marca .....
Como voce gosta de coisas bonitas, eu vi um comercial da Cartier barbaro, entra no site www.odyssee.cartier.us/#/film
Neste comercial que para mim e um deslumbre, ele faz uma homenagem a Santos Dumont, que foi o inventor do relogio de pulso. Espero que voce goste.
Beijos
Gilda Bose
É, Gilda, como eu disse, ainda temos muito que aprender! Vou olhar o comercial, obrigaa pela dica. Beijos!
ExcluirTorneira com o pé tem aqui!!!! E como assim "se a água for mineral". Aqui a da bica também é de graça. Bj
ResponderExcluirQue bom, Marcelo, que a ideia da torneira já chegou ao Brasil! Tomara que, como lá, ela "pegue" realmente, porque é muito mais higiênica. Quanto à água de graça, é seguinte: lá, eles colocam uma garrafa bem bonita na mesa, logo que você se senta. Não é bem o que acontece aqui, ok
ExcluirÉ verdade Fernanda,nós tambem queremos estradas que parecem tapetes,e até pagamos pra isso,mas...
ResponderExcluirAgora,este sorvete aí,está me tirando do sério,quero dizer,da dieta, rs bjs.
Monica.
Mauro Pires de Amorim.
ResponderExcluirÉ isso aí! Nosso isolacionismo sócio-cultural e geográfico, levou-nos à crença do "país das maravilhas". Ou seja, alguns de nós brasileiros(as) acreditam piamente que vivemos num país maravilhoso!
E que, apesar da grave situação econômica que a Europa e EUA passam, eles virarão pedintes miseráveis, com poucas chances de recuperação.
A crise econômica por lá é grave, mas em compensação, todos os investimentos sociais que fizeram ao longo da metade do Século XX em diante e que estão culturalmente arraigados em seus povos, servem de base
pétrea, de esteio para a saída da crise, numa contagem temporal mais curta.
Um povo como o nosso, sem políticas qualitativas de moradia, saneamento básico, saúde pública, previdência social pública, educação pública, emprego, sistema tributário, sistema monetário e de juros bancários, controle inflacionário e econômico, entre outras, sairá de uma situação adversa como a deles, muito mais demoradamente, uma vez que nosso sistema político-partidário está devendo tais etapas básicas. Com o "dever de casa" em atraso ou défcit.
Mas no entanto, todas esses ítens de políticas públicas pétreas qualitativas mencionados, são entendidos pela mentalidade dominante em nosso meio político-partidário, como sendo secundários. A mentalidade político-partidária prioritária que eles vendem, em termos marquerteiros, é a do Brasil e do povo brasileiro gigante, megalomaníaco, desejando e auferindo muito luxo, produtos caríssimos e superfaturados, afinal, estamos "ricos". Somos a 6ª economia do mundo, é verdade. Só que a distribuição da riquêsa continua de 83ª economia do mundo.
Logo, a 6ª economia do mundo está nas mãos de no máximo, 5% da população. O Brasil é o "Gigante dos Pés de Barro"! A falta de esteio, base pétrea, em termos sócio-culturais é nosso ponto fraco, fraquíssimo. São os pés que sustentam o gigante de pé e o fazem caminhar na direção certa para um futuro melhor e promissor. E com os pés de barro, frágeis, passíveis de serem facilmente quebrados, só andando de muletas ou cadeira de rodas.
Felicidades e boas energias.
Esses carros compactos são sensacionais. Em recente matéria no Viomundo, Fernanda, um representante da indústria automobilística afrontou o povo dizendo que o carro aqui é caro, pasme, porque...o consumidor aceita pagar. André Angelotti
ResponderExcluirOi, Angelotti, há quanto tempo, rapaz! Muito bom te encontrar aqui. Olha, é triste, mas sabe que eu concordo com o tal representante da indústria automobilística? Veja só o exemplo dos estacionamentos em shoppings, cuja tarifa está mais do que abusiva... e o povo paga! (Eu não pago. Deixei de ir ao shopping de carro, porque não consigo compactuar com este assalto institucionalizado). Nos EUA, estes estacionamentos são gratuitos, sabe por quê? Porque se for cobrado, os clientes desaparecem. Nós, brasileiros, precisamos mesmo aprender a dar valor ao nosso dinheiro e aos nossos direitos de consumidor. Sou considerada cliente-caroço por todos os meus amigos, porque reclamo se sou mal atendida em restaurante. É triste, Angelotti, mas quase tudo no Brasil é mais caro e de qualidade inferior do que é oferecido lá fora. Não seria o caso de parar para pensar? Abração e volte sempre!
ResponderExcluirMenos de metade de matéria prima pra montar um carro, o dobro do preço. Esses capetalistas filhos de ronca-e-fuça e a maravilhosa matemática muderna.
ResponderExcluirDepois vêm com aquele papinho de '- Não, aê, bora fazer a Eco não sei das quanta, aê, maluco, mega-evento, parará-pererê, n sei o quê..'
Drumm
Acrescento ao seu comentário para o Angelotti, que os preços mais caros e com qualidade inferior,no Brasil, não estão atrelados a salários mais altos...muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito pelo contrário.
ResponderExcluirQuanto às suas observações sobre as coisas legais vistas na Europa, só evidenciam o quanto é sensível, curiosa, observadora, enfim, uma inteligente, antenada e talentosa jornalista e , por extensão, minha blogueira "number one".
Justamente por isto, Paris lhe caiu como uma longa e branca mitene de cetim duchese...a ponto de fazê-la entrar para o clube parisino da felicidade e da sorte, não é mesmo?rsrs
Penso que ainda existe falta de clareza quanto ao charme e luxo franceses (os mineiros de boa cepa entendemos, em parte, como capricho ou excelência).
Somente poucos exemplos para não cansar: os criadores parisienses da moda e do perfume (Dior ou Chanel), as marcas exclusivas de acessórios (Vuitton ou Hermès), os champanhes sublimes (Dom Pérignon) ou os grandes vinhos de Bordeaux (Château Yquem), a atmosfera dos palácios e o perfeccionismo dos artistas artesãos são tanto símbolos de luxo como sinônimos de uma certa ideia de França, que adooooooooooooooooooooro, apesar dos pesares, afinal, perfeição não existe.
O charme francês não é só uma questão de marketing e não tem nada a ver com o esnobismo, mas sim com uma definição de estilo.
O luxo « made in France » apoia-se na história e na autenticidade ; nos cidadãos que exercem com paixão ofìcios especiais ; na exigência de uma alta qualidade e de visão original. Sim, os franceses sabem _ como ninguém_ que Deus e o diabo moram no detalhe...que faz, certamente, a enorrrrrrrrrme diferença.
A alta gastronomia , um verdadeiro patrimônio, combina, por exemplo, o equilíbrio entre os sabores simples da região e o refinamento do preparo; o gosto das tradições e a inventividade.
O diferencial especialíssimo, para quem tem mais cultura geral e sensibilidade, enfim, é este: com frequência, elegância atrela-se à sobriedade; criatividade conjuga-se com excelência. Produtos especiais são fabricados com uma certa discrição.
Não se trata necessariamente do mais caro, mas do mais belo e do melhor servido. E pode ser encontrado nos mais variados produtos e serviços, com um toque quase sempre bastante especial.
Junte-e a isto e muiiiiiiiiiiito mais, o enorme e famosíssimo acervo cultural, as belíssima paisagens, a civilidade do povo e a eterna festa que
é a deslumbrante capital...e a paixão viciante estará instalada em seu coração e mente... "amour pour toujours'!!!
Beijão.
Marcos Lucio, eu penso em Paris e, quando vejo, estou suspirando... ai, ai...
ExcluirBom né! Entrar de repente em outra frequência.
ResponderExcluirOutro dia no self service a garota com cabelos compridos servindo-se de saladas, de repente, deu àquela virada clássica e, com a mão livre jogou o cabelo para cima / para o lado e para trás. Não sei exatamente para onde jogou o cabelo, nem porquê, nem como ela fez. Sei mesmo é que de repente minha fome, que já anda meio debilitada, partiu. Foi para o espaço e o prato, sob protesto da minha mulher, voltou praticamente intacto para a cozinha. Por mais que eu tente, não consigo entender também esse negócio de ECO, OLIMPÍADAS, FUTEBOL, CABRAL+LULA, enquanto a educação e a saúde agonizam. Não que o vício do jogar cabelos seja exatamente falta, mas vem a tona, no mal estar, tudo o tenho direito.
ResponderExcluirAlfredo, concordo 100% com você.
Excluir