domingo, 9 de setembro de 2012

Alguém pode me dizer onde está Wally?

Fui ver a exposição de uma artista famosa e não entendi nada:

 
 

Sabedora de que muitas vezes precisamos de uma explicação para que possamos entender e admirar uma obra artística, busquei ajuda no texto escrito pelo especialista, colocado na abertura da exposição:


Por que será que em exposições de mestres como Modigliani, Rodin, Dali e Monet os especlialistas escrevem fácil, e todo mundo consegue entrar no clima e entender tudinho o que vê? E por que será que no caso de artistas menos populares (ou mais conhecidos no meio intelectual), os textos de apresentação parecem escritos para afastar ainda mais o público comum?

Inspirada no joguinho "Onde está Wally?", lanço a questão:
1- Onde está o problema? Em mim, no mercado de arte, na artista ou no texto escrito pelo entendedor do assunto?

16 comentários:

  1. Arte moderna, abstrata... como tem desocupado nessa terra...

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    1. Não gosto. Será Inguinorância? Mas do Dali, do Miró e do Mondrian eu virei fã...

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  2. Fernanda,vc que visita esses espaços com uma certa frequencia,não entendeu nada,e eu então...

    Bjs.
    Monica.

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    1. Nada, Monica, não entendi nadica de nada! Tá faltando aqui o Marcos Lúcio pra dizer alguma coisa a respeito (ele sempre tem opinião sobre tudo, já reparou? Mas o homem tá de férias na África e só volta em dez dias. Teremos que esperar...

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    2. É verdade,Fernanda,o Marcos Lúcio sempre tem a resposta na ponta da língua,(quero dizer dos dedos)para qq assunto,e sempre com uma pitada de humor...

      Monica.

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    3. Para abrir os trabalhos, depois de banhos miraculosos e revigorantes de arte africana (sou ignorante em muitos assuntos), atendendo a pedidos destas moças especiais, vou dar pitaco rs...loooooonge de pretender esgotar o assunto, "´marrelógico"!

      Uma obra é arte se exprime sentimentos e emoções do artista e se provoca nas pessoas emoções estéticas, dentre otras cositas más.

      Nelson Goodman, concluiu que a pergunta “O que é arte?” deveria ser substituída pela pergunta mais adequada “Quando há arte?”

      Para mim é quando há transgressão, singularidade, e saída do mais do mesmo, com talento e estética. Ninguém é artista porque quer.O verdadeiro artista é escolhido pela arte.

      A Divina Elizeth gravou uma música deslumbrante que dá conta do que entendo como arte. Segue, então, uma parte da letra:

      Artista o teu nome
      já nasce na lista
      dos que vão sangrar
      de paixão e dor
      é marca, é sina
      não tem remissão
      vai cumprir missão
      até se esvair

      com o teu sinal da cruz
      tua dor de raiz
      criar é mais importante
      do que ser feliz"(...).

      Segundo o genial Kant, para vivenciarmos a experiência (das melhores que conheço) estética ou artística, são necessárias 3 condições óbvias e à priori: os 5 sentidos que percebem o mundo, a mente...onde se dá o (im)possível entendimento e a fundamental imaginação que une os dois. Bingo!

      Para entender a arte é preciso abrir a mente para novas possibilidades, porque, muito além do seu valor estético e de sua definição como algo material, a arte é um documento, uma representação e uma manifestação cultural, um registro que permite, p.ex., ao historiador, analisar sobre diferentes perspectivas um fato histórico.

      A arte tem muito mais a nos dizer do que simplesmente agradar nossos olhos com seu valor estético, pois são os registros de nossa identidade cultural. Ela nos remete a aquilo que nós fomos, aquilo que somos e as novas possibilidades futuras.

      Esses novos caminhos que se abrem diante de uma obra exprimem a função e a importância essencial da arte, que é nos levar a pensar, nos tirar do cotidiano e fazer com que passemos por novas experiências.

      Podemos concluir que a arte está presente no nosso dia-a-dia muito mais do que imaginamos e que a todo o momento ela nos leva a transgredir aquilo que se tornou monótono e rotineiro.

      É justamente devido a essa sua capacidade transgressora, que se torna fundamental preservá-la, estudá-la e compreende-la e, no meu caso, a apaixonar-se por ela, sem a qual minha vida teria muito menos sentido. Ela salva-me e liberta-me e me extasia.

      Somente a teoria do belo e a teoria do gosto não conseguem dar conta do conceito de arte. É o caso das obras de arte que dificilmente podemos considerar belas e daquelas de que não gostamos mas não podemos deixar de considerar obras de arte. Isso torna-se evidente quando os gostos e a própria noção de belo se podem modificar à medida que contactamos , pesquisamos, interessamos, descobrimos (salve a santa curiosidade!) e estudamos diferentes obras de arte.

      Em tempo: não vi arte neste trabalho fotografado pela queriDannemann.

      De fato,para quem se interessa ou tem potencial ou sensibilidade ou natural atração, é indiscutível a ideia de que a arte educa os gostos e influencia a nossa própria noção de belo, além de deleitar,pletoramente, seus amantes fiéis. Amor à verdadeira arte é eterno e tem, sempre, final feliz.
      Santé, axé e abraço forte para ambas.
      Marcos Lúcio

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    4. Excelente como sempre! E ainda bem que ali pelo final você disse que não viu arte no tal trabalho, porque eu já estava me sentindo uma ignorantérrima... o caso é o seguinte: quando a coisa é arte pra valer, a gente olha e, mesmo que não conheça o assunto, se extasia. Mas o chamado "mercado" está aí pra nos apresentar de tudo e convencer-nos de que o problema está em nós, e não em sua oferta.

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    5. Fico felicíssimo de ter agradado minha blogueira querida e predileta, neste primeiro "textículo" (sim, é pequeno para a imensidão que a arte engendra e engloba), pós ÁFRICA DO SUL. Diga-se "en passant", que em descoberta recente, este país provou que o seu povo _o mais antigo_da etnia San, descende em linha direta dos primeiros homens modernos surgidos há 100 mil anos.

      Para um radical e conceitual e amante de ancestralidades e antropologias e história e filosofias...y otras cositas más(quero essências e raízes) ... neste caso, euzinho mesmo! que luto, e espero jamais ser sectário e preconceituoso, foi uma grata surpresa, d"accord?

      Na verdade, o que o neoliberalismo faz é transformar tudo e todos (comigo , nãoooooo!sou ovelha nigérrima) em produtos, de preferência, descartáveis. Vende-se de alhos a bugalhos, infantiliza-se o povo para que ele não perceba as (evidentes) diferenças e sutilezas.

      Destarte, o povo sai comprando tudo (e todos), sem criticidade, e ainda que seja no cartão ou no carão kkkkk.

      O que posso garantir, é que uma porcaria ou bobagem como esta (fez muito bem em fotografar esta esquisitice) e várias outras, consideradas, financeiramente, como "arte", na verdade, não passam de mais um produto para ser comprado.

      Em hipótese alguma ficarão para a posteridade, como exemplo de arte, "talequale" um divino David do Michelângelo, dentre milhares de outras obras-primas.

      Tudo isto para parabenizá-la pela denúncia de mais uma _dentre milhares_ enganações ou fraudes "artísticas". Tenho dito ...e C.Q.D...rs.

      Beijocas e excelente finde!
      Marcos Lúcio
      Marcos Lúcio

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  3. Fernanda,

    Nao sou nenhuma expert em materia de obra de arte, porem quando vejo uma obra como dos grandes artistas: Monet, Picasso, Modigliane, Matisse, Renoir, Degar, Michelangelo,Dali e muito outros ...... suspiro da grandeza de seus trabalhos e muitas vezes ate choro dependendo da minha sensibilidade.

    Agora arte moderno, como esta que voce expos no seu blog, infelizmente nao sinto nada, pelo contrario acho uma tremenda gozacao (esta e a minha opiniao), agora os intendidos e que querem fazer a cabeca do consumidor podem falar o que quiserem, a mim nao convence.

    Alias, assisti ontem um filme cujo nome e: Os Intocaveis, filme frances, e tem uma parte que eles comentam sobre este tipo de arte, bem interessante, se voce tiver oportunidade de ver, e um bom filme.

    Felicidades,

    Gilda Bose

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    1. Gilda, eu só gosto da arte que eu entendo. Será que o problema tá em mim???

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  4. Sabe como eh... Voce vai a um restaurante, pede um vinho e, normalmente para impressionar, cheira a rolha, coloca um pouco no copo, da aquela rodada tradicional (e reza para nao fazer m. e nao derramar...), cheira, da um gole bem pequeno, mantem o vinho na boca por um tempinho, bebe e fala um monte de bobagens como os tons de frutas, fungos, etc. O perfume e mais um monte de papagaiadas. Dai voce bebe e, mais tarde, ele se vai via "vinho processado" ou, num portugues mais direto, num xixi.
    Voce pode nao ter a menor ideia do que falou mas que impressionou, impressionou...
    Uma vez fui numa vernissage de um conhecido que era chefe de turno dos fiscais da receita no Galeao. Sabe como eh... Eu voava, trazia algumas "lembrancas" e ele era de grande "ajuda"...
    Tinha um monte de gente que eu conhecia por la. Interessante como esse cara tinha "amigos". Interessante como esses amigos traziam lembrancas de viagens...
    Ele pintava "abstrato". Algo que lembrava do Mabe (nao na qualidade, que nao existia mas na ideia de "borrar" uma tela) e vendia aquilo caro pra cacete e vendia tudo! Se colocasse la uma folha de papel onde tivesse caido um pouco de cafe, venderia tambem.
    Fosse esse cara outra coisa que nao fiscal da alfandega, nao vendia isso nem na rua da Alfandega!!
    Seria esse "pintor" cujas "obras" voce foi ver, alguem como esse meu conhecido? Pode ser... Seria uma boa explicacao para alguem ter esse lixo nas paredes de uma galeria...

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  5. Eu sabia que o nome da artista nao me era estranho. Lembrei!!
    Cursamos o primeiro e segundo ano do primario. Depois, fui para o terceiro ano mas ela nao: tinha sido reprovada em artes...

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    1. Ariel... não sei nem o que dizer... mas realmente suas histórias são hilárias!! Quá!Quá!Quá!!

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  6. Fernanda,

    Nao, o problema nao esta em voce.
    Na minha opiniao voce esta certa, pois a arte e para ser admirada,
    entendida ou aquela que te transporta .......ou que de uma maneira e outra mexe com voce.

    Gilda Bose

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  7. Bom vamos là:

    O que a artista fez em suas obras é o que comumente e muito simplesmente em "desenho" é chamado de Prospectiva.
    O sei bem, porque aprendi a fazer a dita-cuja da prospectiva na terceira série ginasial, e os desenhos eram iguais (no estilo) a esses daì.

    O texto do "senhor honoràvel critico" é bem enfadonho, confuso. Tipo, viagem espacial na galaxia de meu umbigo. Acho que nem ele, entendeu o que escreveu! Algo no estilo: colòquio flàcido para acalentar bovinos. Nao seria mais fàcil ter explicado usando a linguagem do "papo mole pra boi dormir"?

    Ao meu ver, ela, a artista, e, ele, o critico, estào batendo palma para macaco dançar!

    Agora com licença, que vou na missa das 18, e aproveitando o ensejo darei uma admirada na Pietà - di Michelangelo, Seu Critico. ;)

    Joaninha Curiosééérrima!

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