terça-feira, 16 de abril de 2013

Psicórdica


Vamos dormir juntos, meu bem,

sem sérias patologias.

Meu amor é este ar tristonho

que eu faço pra te afligir,

um par de fronhas antigas

onde eu bordei nossos nomes

Com ponto cheio de suspiros.

(Adélia Prado)

12 comentários:

  1. Eu acho interessante essa frase da Adélia Prado:
    "As línguas são imperfeitas para que os poemas existam..."

    Monica.

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  2. "Vezenquando" gosto de dizer que percorrer os Prados poéticos da Adélia, é reconfortante ou mágico. Como sou muito utilitarista, (quase) nada romântico e quase nada pragmático...lembrei-me destes dois, de outras autorias, abrangências, vivências, fecundidades e nascentes mais realistas..."sem sérias patologias"... somente para diversificar e compartilhar.
    Santé e axé!!!
    Marcos Lúcio

    Romantismo - Cecília Meireles
    .
    Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
    para pensar um belo pensamento
    e pousá-lo no vento!...
    Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível
    -para se ver chorando, e gostar de chorar,
    e adormecer de lágrimas e luar!
    Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
    partisse por nuvens, dormente e acordado,
    levitando apenas, pelo amor levado...
    Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
    sem antes nem depois: verdade e alegoria...
    Ah! Quem tivesse...(Mas quem tem? Quem teria?)

    O amor, por Gregório de Matos
    Definição do Amor
    Mandai-me Senhores, hoje
    que em breves rasgos descreva
    do Amor a ilustre prosápia,
    e de Cupido as proezas.
    Dizem que de clara escuma,
    dizem que do mar nascera,
    que pegam debaixo d’água
    as armas que o amor carrega.
    O arco talvez de pipa,
    a seta talvez esteira,
    despido como um maroto,
    cego como uma toupeira

    E isto é o Amor? É um corno.
    Isto é o Cupido? Má peça.
    Aconselho que não comprem
    Ainda que lhe achem venda
    O amor é finalmente
    um embaraço de pernas,
    uma união de barrigas,
    um breve tremor de artérias
    Uma confusão de bocas,
    uma batalha de veias,
    um reboliço de ancas,
    quem diz outra coisa é besta.

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  3. Mas que saudades! Homem de sorte...

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    1. Quem está com saudades...e de quem???

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    2. Segredo... assim como a sua identificação. Mas veja: eu não publico comentários de anônimos (e nem de agressivos, mas estes não aparecem por aqui porque o blog não combina com eles). Da próxima vez, por favor identifique-se. O Anônimo ali daquele cometário eu sem bem quem é, e só por isso foi publicado, ok?.

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    3. O anônimo curioso rsrsr...só posso ser eu...o pitaqueiro-mor, M.L...marrelógico!

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    4. Aaaaaahhhhhh!!!! Pitaqueiro curioso...

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  4. Respondo a todos de uma só vez: Adélia é o máximo!!!

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  5. Fernanda,

    Como muitas vezes eu estou no mundo da lua ou das estrelas ...rsrsrsr
    Adorei o final: "com ponto cheio de suspiros"

    Monica, voce voltou inspirada!

    Felicidades,

    Gilda Bose

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    1. Pois é Gilda,"vezenquando"rs eu tenho essas crises de inspirações...

      Bjs.

      Monica.

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  6. A poesia de Adélia Prado é de semsibilidade singular.

    ANTONIO CARLOS

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