Volto à Brasília para repetir aqui as palavras da
presidente Dilma:
“Ter tolerância zero significa combater todas as
formas de violência, desde as mais abertas, como a violência doméstica e o
estupro, até outras com conteúdos mais disfarçados, porém igualmente dolorosos
e igualmente inadmissíveis, como a discriminação no trabalho, no salário, a
educação discriminatória e, sobretudo, a baixa estima decorrente da violência”.
Mas sob que aspecto uma avaliação ginecológica e um
atestado de virgindade seriam importantes em um concurso
para delegada, escrivã e investigadora? E já que tais questões
em nada têm a ver com o exercício das funções do tal concurso, por que é que o edital enveredou
por este caminho?
Se isto não é violência contra a mulher, invasão,
desrespeito, discriminação e coação... então eu não sei mais o que é violência.
É inadmissível que um edital para concurso público faça uma exigência desta
natureza, e lamentável que as candidatas não tenham vindo a público para invalidá-lo, numa passeata com direito a bandeira, faixa e megafone.
Que tipo de controle, vigilância ou interesses pode ter motivado um edital como
este?
A liberdade permanece como luxo para muitas mulheres
do mundo, incluídas as que vivem em países democráticos: o papel aceita
tudo, da utopia ao absurdo, e não fica de fora aquele onde está escrita cada palavra da
Constituição e aquele outro, o do dito edital.
É no cotidiano da sociedade que a liberdade se legitima, e, obviamente, no modo como esta sociedade se comporta. A aceitação de uma invasão deste
nível traz à luz a fragilidade das conquistas femininas a respeito de sua
autonomia e direitos. É através de situações como estas que a gente conhece a
realidade de um país. E descobre que, lamentavelmente, podemos estar muito mais atrasados do
seria de se supor.
Fernanda,
ResponderExcluirComo faz falta o conhecimento e saber das leis, nao e mesmo. Pois bem, se fosse comigo (vamos supor que eu tivesse filhos) sabe o que eu faria: Entregava o atestado de virgindade, se pergunta-se como !!!! se a senhora tem dois filhos? Eu responderia pois e obra do "espirito Santo" vai perguntar para o Papa, e entrava com uma acao no setor publico. Ia a todos os meios de comunicacao: escrita e falada....enfim revolucionava esta cidade da Bahia e no final, apos algum tempo entreva para a politica rsrsrsrs Para falar a verdade, eu nao sei se e o caso de rir ou de chorar ......
Felicidades,
Gilda Bose
É de chorar, Gilda!
ExcluirFernanda, isso e apenas um exemplo do porque a Presidenta esrta preocupada com este assunto.
ResponderExcluirEu soh queria saber o nome do "genio" que incluiu isso no edital e o de quem aprovou.
ResponderExcluirNao basta a retirada desse absurdo: uma punicao se faz necessaria!
A situação ou o fato é de uma estupidez tão maracanânica que vou poupar os distintos leitores, pois a vontade que tenho, diante de qualquer tipo de discriminação, é de dizer "muitas e boas", de baixar o sarrafo, como se dizia em tempos de antanho rsrs.Não posso nem devo parecer deselegante...nem idade para revolta possuo rsrs. A talentosa blogueira está pletora de razão "comme d'habitude".
ResponderExcluirExcelente finde!
Santé e axé!!!
Marcos Lúcio
Pelo menos, nossa indignação valeu prá que fosse revogada a exigência absurda desse exame.
ResponderExcluirTambém considero que tal medida, ainda fica aquém do desrespeito e constrangimento causado ás mulheres. Ignoro como, mas alguma punição deveria ser aplicada aos dinossauros que elaboraram esse edital.
ANTONIO CARLOS