(dezembro 2006)
O dia passa, vou vivendo
O dia passa, vou vivendo
(Um objeto a mais entre os da casa).
Faz sol ou chove?
O guarda-chuva, como eu, é só espera
Sem se importar que o céu desabe.
Até os copos, sobre a pia,
São meus irmãos, de tão vazios.
Cada segundo é só de tédio,
De solidão que já nem me comove,
E que nem penso mais que se acabe.
Só quebra este marasmo a pulsação, que treme o prédio:
A vizinhança foge, enquanto rio de sarcasmo,
Sem medo de ruir, porque já não sou nada;
Meu pensamento cobre a pele de arrepios
A tua voz, que busco, o teu chamar, que me rejeita.
Pra não morrer, só um remédio:
Mando que aquiete o coração,
E ele, como um cão,
Se cala e deita.
(Fernanda Dannemann)
(Fernanda Dannemann)
Lindo poema, com certeza reflexo desta sua dor que sangra.... força aí....não desista, Envio pra você a parte desta letra abaixo do saudoso Renato Russo... fique bem Fernanda.
ResponderExcluirQuando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza
Não é passageira
Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?
Abraços,
Jorge
Ah! que bom!
ResponderExcluirEu queria tanto ler outro poema seu e ei-lo aqui para meu doce deleite. Adooooooooorei. Valeu, boa sorte e ótimas inspirações, sempre!!!
Abraços
Márcis