Ando sem ter o que dizer, talvez porque ande sentindo demais: e quando os sentimentos transbordam, as palavras se afogam... ou, na pior das hipóteses, elas vêm com tanta força nas tintas, que é melhor deixar pra lá e ficar em silêncio. Então, mais uma vez, faço minhas as palavras do Marcos Lúcio, que de novo merecem ser divididas e guardadas... estas sim, cooloridas com exatidão:
QueriDannemann Fernanda...continuando a corrente de solidariedade, pois o assunto continua este, como sói acontecer até que as coisas fiquem mais acomodadas ou menos incomodadas? Seu belo poema, é uma das formas dignas de saber ou tentar lidar com perdas, sem desistir jamais , uma vez que é possível aprender a caminhar mesmo sobre o leite derramado, pois a vida segue e não para que nos ajustemos a ela, não é mesmo? Portanto, impossível ganhar_de fato e espiritualmente_ sem saber perder; aprender a andar sem as inevitáveis quedas; acertar sem, antes, errar; viver sem aprender a reviver (e olha que muitos só existem, ainda não vivem...). Nossa glória e triunfo sobre as adversidades _principalmente aquelas que jogam com variáveis totalmente fora do nosso controle_ consiste em levantar todas as vezes em que for possível ou necessário não se deixar abater, muito menos ficar inerte ou acomodado ou acovardado. Bem aventurados aqueles que, com maturidade, experiência e sensatez, conseguem receber com naturalidade _que é absolutamente diferente de querer ou gostar_ o ganhar, o perder, o acerto, o erro, o sucesso e o fracasso, que são instâncias naturais para qualquer vivente. Provado está que, não aceitar o inevitável ou as imposições inegociáveis do destino, em nada modifica a desagradável realidade.Apesar de todos os pesares...vale a pena o atrevimento de sermos felizes, de sermos o que quisermos, de fazermos o que decidirmos (se pudermos...)e de viver intensamente cada minuto como sendo o último, e único, porque nada está garantido, ou se repete do mesmo jeito. E a vida? É tão frágil!, impermanente, circunstancial, imponderável, e às vezes absurda, que para morrer é bastante estar vivo.
O medo ou a não aceitação da inexorável finitude não impede, não posterga e nem evita que ela ocorra...portanto, só nos resta viver da melhor forma possível...pois não há ensaio, nem bis (lucidamente, ninguém se recorda de como ou onde já viveu... ou se reencarnou, e não estou negando esta possibilidade, sou um humilde aprendiz). Como não sei fazer poema ou canção, (sou cidadão simples, de poucos talentos...) dou voz ao rei das letras, sabedro de que você também dele é fã.
Medo da morte? - Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
Medo da morte?
Acordarei de outra maneira,
Talvez corpo, talvez continuidade, talvez renovado,
Mas acordarei.
Se os átomos não dormem, por que hei-de ser eu só a dormir?
Carinhoso abraço procê.
To a fim de bater palmas para o Marcos Lúcio!
ResponderExcluirMais uma vez, obrigadíssimo, queriDannemann Fernanda, que, apesar das suas palavras estarem afogadas por sentimentos transbordantes, ainda assim manteve a gentileza e a generosidade e, mais, compartilhou minha modesta contribuição ou solidariedade.Senti-me lisonjeado por fazer suas as minhas palavras, e este seu gesto nobre deixou-me, de novo, de alma lavada e com a convicção plena de que suas palavras afogadas vão aprender a nadar, de peito (aberto),elas que já sabem voar como águias...tanto que me seduziram *ou capturaram? assim que li um post seu, tranformando-me em leitor fiel. Vejo com olhos de lince, que ter optado pelo silêncio, foi uma arma poderosa e inconsciente de se reencontrar , para ouvir o coração e retomar para si, o fundamental espaço da subjetividade; nada mais positivo, então...Pode ser, também, que você, neste momento, por medo do esvaziamento dos significados das palavras, não as queira, momentaneamente, libertar. Ouso vaticinar, inclusive, (sim, sei ser abusado quando acho conveniente rsrs...), que esta face do silêncio que você mostra, é fundamental para o seu bem-estar psquico e/ou físico. Sabemos, alguns de nós, que no completo silêncio é que se começa a (se) escutar muiiiiiiiito melhor, afinal, não é preciso sair em busca da própria alma longe de si, pois como diz Hilda Hilst: "tu não te moves de ti". Na verdade, você está, ainda que em desconforto, praticando a escuta silenciosa, de si mesma. Aguarde o momento de transformação "da crisálida em borboleta" (clichê pode ser útil), para que uma nova clareza se imponha. O que devemos supor é que o silêncio surgiu como uma "receita" salutar para curar o "barulho" existencial que a vida lhe impôs. Como já me confessei homem de poucas habilidades e parcos talentos, peço, humildemente, socorro à sapientíssima e brilhante CORA CORALINA, a seguir, numa tentativa afetuosa, de amenizar seu circunstancial desassossego, pois sei , por afinidade eletiva, que você é gladiadora e se empenha em manter a alma lavada, haja o que houver, como decisão sábia de ser feliz. .
ResponderExcluir"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar". Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Carinho e abraço afetuoso do Marcos Lúcio.
P.S. Obrigado, também, à delicadeza da Ancilla.
Marcos Lucio, suas palavras têm sido de um valor imenso para mim. Talvez nem você imagine quanto. Abraçao!
ResponderExcluirQueriDannemann Fernanda, obrigado pela sinceridade e, mais feliz fico, ao saber que as minhas cordiais intenções "palavrosas" estão surtindo efeito...melhor, impossível. O poder incrível que as palavras têm sobre nós, como você mesma diz , no cabeçalho do seu imperdível blog, é inquestionável.Por isto mesmo elas são, inclusive, o sustentáculo da psicanálise.Fé em Deus e pé na tábua, que dias melhores virão, "outras manhãs, plenas de paz e de luz". Abraço forte.
ResponderExcluirRepassando mensagem recebida, de Portugal, por e-mail: "Como sempre , sem excepção , adorei os seus comentários à FD, lamento a sua perda , compreendo muito bem o que ela sentiu e sente , eu também passei por isso há 6 anos, ah Lúcio, mas como é bom ter um amigo , assim!!! Sábio, oportuno, assertivo e sensível . Vi o comentário da FD , dizendo que já esperava pelas suas palavras e que estas lhe tinham iluminado o dia, considerando-o como um amigo, é lindo!!! Pois é tal como me sinto, quando recebo um email seu, considero-o , também ,como um excelente amigo!
ResponderExcluirCristina Pinto
Mais um recebida por e-mail: "Vc é definitivamente um espetáculo e muito me orgulho de conviver e viver perto desta sua sabedoria e, claro, vou guardar, também, este primoroso texto que a Fernanda divulgou, tão gentilmente.
ResponderExcluirJá te disse e repito:me esgote SEMPRE!!!!!!
BEIJOS,CARINHO E SAUDADES!!!!
Pedro Chicri.
QueriDannemann, depois de você, quem fez meu dia mais iluminado foi minha querida sobrinha/afilhada, meu "treim bão demais da conta" e prá lá de querida, com suas calorosas palavras, a seguir:
ResponderExcluir"Dindo....BENÇA!
Dessa vez eu irei responder de imediato.....
Estou maravilhada com suas palavras e também orgulhosa de ter um “cadim” deste sangue que corre em suas veias....
Mais uma vez....parabéns.....
Oh...e estou com vontade de bater palmas para a Fernanda que mais uma vez compartilhou suas palavras....deixando-as irrestritas.... espero que muitos as tenham lido e absorvido...
Continue mandando e-mails sempre que puder..........
Abraços, beijos e queijos....
Verònica Machado
Incrível, como me revejo nestas palavras, "Ando sem ter o que dizer, talvez porque ande sentindo demais: e quando os sentimentos transbordam, as palavras se afogam... ou, na pior das hipóteses, elas vêm com tanta força nas tintas, que é melhor deixar pra lá e ficar em silêncio".....e o lindo poema??? Ai! amei.Linda esta troca de gentilezas, carinho e atenção e a amizade que se sente a crescer cada vez mais e mais...!!!! , entre você, talentosíssima Fernanda, e o Marcos Lúcio, cujo texto brilhante guardarei, com certeza.
ResponderExcluirbeijos da Kiki
Quando um ser humano, tem o dom de confortar alguém,seja em bens,atos ou palavras, esta alma (com sexto sentido) nesse mundo de Deus merece ser aplaudida de pé?Você, Lúcio, é digno de todos os atos benéficos que faz.De igual modo quem recebe.__Onde há terra fértil há bons frutos! E a brilhante Fernanda merece, igualmente, aplausos de pé, por compartilhar gentilmente, conosco, estas verdades para serem guardadas, de fato.
ResponderExcluirAbração querido!!!
E seja sempre assim; Um copo com água límpida para saciar a sede das almas
sedentas.
Seu amigo admirador de sempre!
Com certeza!!!!
César.
Tomara que vc goste deste recado, principalmente do que ele disse sobre seu lindo poema, queriDannemann...
ResponderExcluirVocê sabe que leio tudo que me envia, Marcos Lúcio, mas respondo raras vezes, mais por inércia que por administração do tempo.
Alguns de seus e-mails têm uma profundidade de doer, marcadamente para aqueles sensíveis à dor. E atentar à dor alheia é algo que não se ensina, se aprende, e aos poucos. E, se podemos perceber essa diferença, olhar o outro antes de a nós mesmos, é mais uma pequena vitória ante o egoísmo nosso de cada dia.
E você, amigo meu, tem esse bonito dom.
O belo poema da Fernanda Dannemann é de dar nó em garganta, de trazer sal ao rosto. E, creio que para quem compartilha o sentimento de perda, dói um pouco mais doído...
Quanto às suas sábias palavras, entre outros pontos, destaquei esta passagem: " ... afinal, não é preciso sair em busca da própria alma longe de si..." Anotei no rodapé do caderno, e, utilizarei. Li e li novamente, e cada vez que o faço, outros sentidos vou descortinando sobre a frase, ou máxima, ainda que não intencional.
Como falamos anteriormente, divida (ou multiplique) seu intelecto com mais leitores, como tão brilhante e generosamente faz a talentosa F. Dannemann a quem envio abraços e votos de melhoras substanciais. Essa energia que as palavras podem passar é um dom... E você e ela têm de sobra.
Um amplexo,
Carlinhos Mello
Vou guardar, lógico, este excepcional texto q vc enviou para a Fernanda Dannemann. Realmente vc merece não só palmas, mas sim uma salva de palmas em pé .... suas colocações, seu vocabulário, sua interpretação, sua sensibilidade; vc brinca de uma forma sábia, inteligente e divertida com as palavras... PARABÉNSSSSSSS!!!
ResponderExcluirBjussssss e muita luzzzzzz, queridoooooo
Juliana
Adorei suas sabias e precisas palavras
ResponderExcluirpara a "Fernanda" -a quem desejo dias melhores_ bem como a admiracao dela por vc (de outros
leitores tb). Vcs constituem uma corrente muito forte diante da
delicadeza da vida onde tropeçamos muito na infancia para nos
prepararmos aos amparos tao necessarios na idade adulta. A vida eh
sabia, excelente professora que nos prepara para que possamos
auxiliar outras pessoas. Uns atingem essa possibilidade tal como
pedras preciosas bem lapidas e outros menos e muitas vezes, muito
menos lapidados. Mesmo assim ainda sao muito uteis na sociedade q
tanto de todos nos, precisa. Vc, com toda sua nobreza lapida-se,
constantemente, perfeitamente, encaixando-se entre as bem lapidadas.
Em breve ou a qq momento ganho um abraco seu. Valeu, Mano do
coracao.
José Alberto
Qiero agrdecer à melhor e mais generosa blogueira que conheço, além de bonita, claaaro, pela divulgação do melhor texto _até agora_ sem desmerecer os demais, do melhor amigo meu, o Marcos Lúcio. Esta sua nobilíssima atitude, deixou meu coração da melhor maneira possível: transbordante de alegria e benfazejas energias. Que esta auspiciosa sensação retorne, então, para você, tão logo possível seja. Seu fà que precisou roubar tempo de outros inúmeros afazeres, para postar este "petit", porém sincero comentário, com muito prazer, admiração, respeito e carinho.
ResponderExcluirCom afeto,
Danilo
Danilo.
Danilo, obrigadíssima por tudo, e continue roubando tempo dos outros afazeres para passar por aqui! Abraços!
ResponderExcluirSe o lindo poema seu _A visita_ deu margem a um comentário substantivo assim como o do Marcos Lúcio ,e concordo:realmente para se guardar, sugiro então, não querendo ser "pitaqueira" , que você poste mais poemas (só por este, imagino os demais...) de sua talentosa lavra.
ResponderExcluirDesejando que se desafogue, ou que este transbordamento passe e que seu rio volte ao leito, caudalosamente,assim que for possível,deixo um grande abraço.
Márcia
Marcia, obrigada pela força e pelo "pitaco"... vou ver se crio coragem para mostrar mais alguns. Um abraço!
ResponderExcluirBacana isto, Fernanda, o imenso valor que têm sido as palavras do Marcos, a ponto de você postá-las. Vejo nobreza, gratidão e muita gentileza da sua parte. Também por isto, sei que sua fase do "sem ter o que dizer, por sentir demais", será trocada por (CON)SENTIR O QUE DIZER, POR TER DEMAIS: emoção, inteligência , talento, e sensibilidade não só à flor da pele, como à pele da flor.
ResponderExcluirAbraço.
M. Fernando
M. Fernando... é bom demais este apoio que estou tendo aqui no blog de todos vocês. E o Marcos Lúcio é de uma sabedoria e de um bom-humor que me fazem muito bem. Agradeço suas palavras, e espero te ver de novo aqui! Abraços!
ResponderExcluir"Essa moça tá diferente", circunstancialmente, porém com a mesma verve, o mesmo talento e integridade e, em breve voltará, transbordante de palavras enxutas para nos deleitar, posso prognosticar.Esse moço, o Marcos Lúcio, tá com tudo não tá prosa_somente hoje consegui ler o post.Certamente, já guardei, também, estas suas preciosas palavras, "coloridas com exatidão", perfeitamente definidas por você, dona de sensibilidade singularíssima.
ResponderExcluirAbraços.
Diniz
Esqueci de digitar que "esta moça tá diferente" por motivos óbvios e mais do que justos e nobres, se é que alguém ainda? não sabe. Se faltou algum pormenor, desculpe a desatenção.
ResponderExcluirAbração do Diniz
Diniz... valeu muito! (E você não se esqueceu de nenhum pormenor).
ResponderExcluirSempre guardo mensagens e textos que considero importantes e este, do Marcos Lúcio, energeticamente, chegou repleto de significados, boas energias e no momento certo de recebe-las...realmente lavaram minha alma que andava meio (ou bastante?)sujinha.
ResponderExcluirMuito obrigado, Fernanda, pela divulgação deste texto preciso, precioso e necessário. Acrescento, ainda, que o comentário que ele fez de agradecimento a você, é igualmente imperdível.Boa sorte e abraços.
Márcio
Marcio... realmente o Marcos Lucio "arrebenta"! Volte sempre e obrigada pela presença e pelas palavras também. Abraços
ResponderExcluirApesar de não ter hábito de visitar blogs e o seu, evidentemente, merece , por todos os motivos, todas as visitas possíveis, fiquei sabendo pela irmã dele (que se recusa a ter computador kkk) que, mais uma vez, você esbanjou generosidade, publicando mais um comentário deste moço que sempre considerei especial - lato sensu. Discordo quando você diz estar sem ter o que dizer (ao cntrário:é tanto
ResponderExcluirpensamento em ebulição, que prefere uma acomodação das idéias, sensatamente) e concordo plenamente com seu preciso diagnóstico que aqui repito:"faço minhas as palavras do Marcos Lúcio, que de novo merecem ser divididas e guardadas... estas sim, cooloridas com exatidão". Valeu e parabéns, Fernanda pela super sensibilidade e pelo belo exercício altruísta.
Roseli
Roseli... agradeço a visita, o comentário e as palavras tão gentis. Espero que você passe a vir aqui agora. Um abraço!
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