Londres é cheia de lugares deliciosos, e também de
umas surpresas impressionantes. Você está ali na muvuca de Piccadilly Circus,
caminhando pela Regent Street, cheia de lojas caras e restaurantes
descolados... quando de repente caminha mais um pouco, vai mais adiante no
sentido contrário, vira uma esquina e pronto!
Está no Chinatown. Um Chinatown bem diferente
daquele mafuá que é o de Nova Iorque. Tudo limpo, organizado, restaurantes,
lojas e casas de massagem chinesa e acupuntura. E aí a surpresa se repete. Você
anda aqui, vira uma esquina ali... e de repente sai nas ruas do baixo
meretrício, com os negões olhando com cara de ameaça pra você e para a sua
máquina fotográfica. É nisso que dá ser turista... o jeito é fazer cara de
paisagem e sair de fininho.
E então você pega o metrô e, quando sai, dá de cara
com Covent Garden, cheia de ruas bonitas e onde o mercado é uma mistura de
lojas, ateliês, restaurantes ...
Se sai andando sem rumo, descobre uma cidade meio
esquizofrênica que tem prédios de todos os tipos, e esta arquitetura
heterogênea acaba sendo interessante pacas...
Aliás, na categoria “Prédio Mais Feio de Londres”
the winner is...
Por falar nisso, este prédio aí fica pertinho da
Torre de Londres, que eu, em minha santa ignorância, sempre pensei que fosse
uma torre mesmo, daquelas enoooooormes, onde reis e rainhas amargaram prisões e
mortes violentas. Mas não. Hoje descobri que a Torre de Londres é um castelo.
Uma boa dica: quando estiver cansadíssimo e procurando o metrô, não se deixe enganar pelo idioma: "subway", que nos EUA significa "metrô", aqui nada mais é que uma passagem subterrânea alternativa para atravessar a rua. "Metrô" aqui é "underground". Eu hoje caí nesta armadilha...
E se tem uma coisa que o turista precisa, para vir a
Londres, é de joelhos em forma, porque olha... nunca vi tanta escada junta. Vai
ali na esquina? Tem que descer uma escada. Vai comprar pão? A escada vai estar
lá, entre você e a padaria. Vai comprar cigarros e nunca mais voltar? Antes vai
ter que encarar a escada. Está no restaurante e quer fazer xixi? Escada! E você
sabe como é... quando tem uma escada que desce, certamente logo adiante vai ter
outra que sobe. Dureza.
Tem mais: comida boa não falta, inclusive a maior
invenção brasileira, a chamada “comida a quilo” já chegou às terras de
Elisabeth. Este prato aqui, cheio de coisas deliciosas, custou 7 libras. O preço nos
restaurantes, inclusive, não varia muito. Uma boa refeição custa, em média, 12
libras, o que permite que a gente se planeje bem a respeito dos gastos com a
comilança.
Outra coisa curiosa
é que em Londres todo mundo tem cara de artista, e de um tipo bem
peculiar. Se você viu “O Senhor dos Anéis”, vai entender o que estou dizendo:
saca os hobbits? Estão por toda parte!
Meu co-piloto jura que viu o Michael
Kane no metrô, e eu já vi vários personagens do “Game of Thrones”.
Well... nestes meus dias por aqui, uma coisa eu já descobri:
um dos maiores desafios nestas bandas é atravessar a rua. Primeiro porque a mão
deles é contrária, e a gente tende a olhar para o lado errado na hora de
atravessar. Segundo, porque as bicicletas londrinas são supersônicas e voam mais ainda que as
holandesas. A maioria dos ciclistas chega a usar um casaco impermeável amarelo berrante,
como se fosse um uniforme, e se o pedestre invade a ciclovia, é xingado em alto
e bom som.
O metrô é uma beleza, vai pra todo lado, até para o
aeroporto, o que é significa uma economia de 90 libras na corrida! Não faltam
vagões, o mapa é super fácil, eticétera e tal. Pena que o rush é às dez e meia
da noite, na estação central de Piccadilly Circus, quando você já sassaricou o
dia todo e está morto de cansaço e doido pra chegar em casa... ai,ai... que
preguiça! Parece até que eu tô na Cinelândia...
London!!!
ResponderExcluirGood morning, good morning... iiiiiiiiihhhhhh, Christ!
Billy, the Kid - Massachussets.